A adolescência é uma fase de transformações, que marca a transição da infância para a idade adulta, um período que começa aos 12 e termina aos 20 anos, mas o término às vezes é incerto. O termo “adolescente” foi criado pelo psiquiatra Granville Stanley Hall, em 1898.
O conceito de adolescência surgiu há cerca de 70 anos, contudo, até o século 19, a sociedade não concebia essa etapa transitória da vida humana. É foi nessa época, que os indivíduos deixavam de ser crianças entre 10 e 14 anos e passavam à vida adulta.
Hoje, a adolescência pode ser entendida como um processo de mutação histórica, social e biológica, que exerce uma função importante de mudanças no corpo e no cérebro, responsável pelo jeito de pensar, sentir e agir, no humor e nas reações emocionais dos púberes, diante nas novas situações, que geram incertezas.
Essas transformações na adolescência provocam conflitos internos e externos, onde os púberes estão envoltos em uma “montanha-russa” emocional, mental e física, em razão da turbulência hormonal. Todavia, é uma temporada desafiadora e prazerosa, que precisa ser vivida na plenitude juvenil.
Por causa disso que na adolescência tudo parece “o fim do mundo”, mas é só o começo, que estimula os meninos e as meninas a participar de diversas atividades que tenham os mesmos ritmos, expressões, gostos, roupas estilos, etc., a fim de estabelecer uma assimilação menos conflitante e mais amistosa.
Além da rebelião dos hormônios, os púberes têm um intenso entusiasmo socioemocional de pertencer algumas “tribos”, para construção de sua identidade grupal. É como disse o Içami Tiba: “A adolescência é um segundo parto: nascer da família para andar sozinho na sociedade.”
Nesse contexto, a impulsividade na adolescência pode conduzir a comportamentos ilegais ou antissociais, como adição a drogas e a compulsão por comer, jogar e usar a internet. No entanto, esses impulsos são imprudentes, não resolvem os conflitos e trazem prejuízos ao crescimento dos meninos e das meninas.
A psicanálise estudou a infância e à adolescência em todas as fases do seu desenvolvimento psicossexual. E identificou no desenrolar do Complexo de Édipo, que os meninos tomam o pai como modelo e as meninas percebem na mãe o seu exemplo. Freud afirmou que é dramático para os adolescentes se libertarem dos seus progenitores, principalmente, se os filhos e as filhas são tratados com amor pelos pais.
Assim, os adolescentes tentam livrar-se dos seus progenitores de forma rebelde e rude. Porém, a separação em relação a família irá ocorrer cedo ou tarde, o que inclui descobrir que para se envolver, amorosamente, com outras pessoas terão que perder um pouco do afeto dos pais.
Na família, os púberes tendem a se revoltar contra as normas definidas pelos pais, mesmo assim, mantêm com eles uma relação de dependência ou submissão. Daí surge os momentos de melancolia ou desilusão, que os levam a ficar sozinhos em seus quartos, buscando aliviar o sentimento de impotência.
Entretanto, nas famílias em que existe respeito, confiança e diálogo os meninos e as meninas são mais tranquilos, porque o amor entre pais e filhos é à base da autoestima na vida adulta, sendo a maneira mais construtiva dos adolescentes superar as crises de “aborrecência”, como alguns chamam.
Enfim, todos nós já passamos por essas – mutações e turbulências –, que são perfeitamente normais, na adolescência. E, portanto, devemos compreender os nossos jovens de hoje, que precisam trilhar o seu próprio caminho, contando afetuosamente com apoio familiar.
Foto de Trinity Kubassek no Pexels
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