Como estar mais consciente do que se passa a minha volta? Como silenciar um pouco a mente? Como diminuir a frequência dos meus pensamentos? Como parar de pensar só nos meus problemas? Como me conhecer melhor?
As perguntas acima são muito boas, não? Respondê-las é uma busca e muitos estão nessa estrada do autoconhecimento e da paz interior. Alguns iniciaram agora, outros em situações passadas e já outros estão nela a tanto tempo que se confundem com práticas, técnicas, conceitos, conhecimentos e outras bagagens. Uma coisas é comum: a crença de que ainda não chegaram nos seus objetivos e que ainda existe uma estrada longa pela frente.
Independente do percurso e do lugar que você se encontra, toda busca se inicia com perguntas. Certas peguntas de tão simples e essenciais são a chave para nos conhecermos melhor e também ao ambiente que estamos inseridos.
As respostas de algumas perguntas podem não existir por meio de palavras. Como algo que é limitado ao saber humano pode definir qualquer coisa maior que nós? Como uma palavra ou frase pode explicar algo que ainda não vivemos, uma imensidão, um infinito, um poder superior… Nesses casos as próprias perguntas são as respostas, pois elas abrem a possibilidade de tomarmos consciência do que nos rodeia e que não temos necessariamente uma pré-definição.
Não termos uma resposta é algo maravilhoso. Isso significa que o nosso passado não está influenciando a experiência atual. Que algo é tão divino, que com os nossos sentidos e com a nossa mente não conseguimos captar bem os seus limites.
Essas são as pistas para você seguir o seu caminho.
Perceba que existem técnicas, praticas, conhecimentos, livros, rituais e demais ações que podemos fazer para encontrar ou permanecer num caminho de autodescobrimento. Entretanto, perceba que existe algo mais básico que tudo isso: as perguntas.
Dê um tempo para você se questionar. Dê um tempo para você não saber a resposta. Dê um tempo para você olhar para dentro.
Você quer fazer um bolo, só que você – sem aguardar — bate todos os ingredientes e já quer comer. Você não espera a inércia, o não movimento, fermentar e e nem o forno prepará-lo. No final você quer digerir algo sem forma, bem esquisito e que não faz nenhum sentido.
Quanto mais simples e essencial for a pergunta, mais poderosa ela será. Não complique demais. Abaixo faço apenas três sugestões, entretanto você é livre para fazer as suas próprias.
Essas perguntas nos libertam dos nossos condicionamentos, das nossas projeções, das nossas imagens, dos nossos passados, karmas ou qualquer outro conceito que te prenda ao que não é real. A realidade é o que está acontecendo nesse exato momento: você está respirando, seu coração está batendo, você está lendo cada palavra, você está ouvindo barulhos, algo está se movendo, o sol ou a lua está la fora, o vento está correndo, a terra e vários elementos do universo estão girando ou se movendo… E você nesse momento faz parte de todo esse sistema. Você pertence a isso.
Retire o véu que não te deixa perceber o quão especial e supremo você é.
Medite, contemple a natureza ou apenas sente em silêncio por um tempo enquanto faz as suas perguntas.
“Talvez você esteja buscando nos galhos o que só encontramos nas raízes.O que você está procurando já é o lugar no qual você está à procura. A inspiração que você procura já está dentro de você. Fique em silêncio e escute.” — Rumi (1207–1273)
Shanti (esteja em paz).
Imagem de capa: Merla/shutterstock
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