Autor de atentado em Brasília queria matar Alexandre de Moraes’, diz ex-mulher

A Polícia Federal encontrou, no interior de Santa Catarina, Daiane, ex-mulher de Francisco Wanderley Luiz, autor do ataque à bomba na Praça dos Três Poderes. Em depoimento informal aos agentes, ela revelou que Francisco planejava assassinar o ministro Alexandre de Moraes e qualquer pessoa presente no momento do atentado. As informações foram divulgadas pelo g1.

Segundo ela, Francisco compartilhava pesquisas feitas no Google como parte do planejamento para o ataque, que ocorreu ontem. “Você vai mesmo fazer essa loucura?”, teria perguntado Daiane ao descobrir as intenções do ex-marido.

Relação com grupos radicais e histórico de ameaças

Francisco Wanderley Luiz, ex-candidato a vereador em 2020 pelo PL de Santa Catarina, era ativo em grupos radicais e publicava frequentemente ameaças contra ministros do STF e outras figuras públicas. A Polícia Federal está investigando possíveis vínculos entre ele e outras pessoas que poderiam estar envolvidas em atos extremistas.

De acordo com um informe da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Francisco também deixou mensagens relacionadas aos atos golpistas de 8 de janeiro. Em um espelho na casa que alugou em Brasília, ele escreveu:

“DEBORA RODRIGUES, Por favor não desperdice batom. Isso é para deixar as mulheres bonitas. Estátua de merda se usa TNT.”

A frase faz referência a Debora Rodrigues, presa em 2023 após vandalizar a Estátua da Justiça com a inscrição “Perdeu, Mané”.

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Espelho em casa alugada por homem que detonou explosivos em frente ao STF — Foto: TV Globo/Reprodução

Investigação em andamento

A Polícia Federal considera as informações fornecidas por Daiane cruciais para avançar nas investigações. Além de analisar o perfil digital de Francisco, os agentes buscam identificar outros possíveis envolvidos ou cúmplices no planejamento e execução do atentado.

A motivação, ainda sob apuração, reforça o alerta sobre o crescimento do radicalismo político e sua conexão com atos violentos. A PF deve divulgar novas informações à medida que as investigações avançarem.







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