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Brasileira cadeirante relata ter sido deixada caída ao chão em aeroporto da Alemanha

A brasileira Aline Barros utilizou as redes sociais para fazer uma importante denúncia. Ela, que é paraplégica e não tem os movimentos das pernas nem do tronco, relata em vídeo gravado por ela mesma,ter sido maltratada por funcionários do aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, e deixada no chão sem assistência por mais de 40 minutos, porque eles acharam que ela estava brincando sobre a paralisia nas pernas.

O vídeo foi gravado momentos depois de ela ter sido retirada do avião. Em inglês, ela pedia para ser colocada em uma cadeira de rodas.

“Bom, estou de estômago para o chão, e vou tentar levantar e procurar alguém para me ajudar, porque aqui eles não querem me ajudar. E está todo mundo aqui, mas não conversam comigo. Eles não querem empurrar a minha cadeira. Eu vou lá fora encontrar alguém”, gravou ela falando em inglês.

Aline chegou no domingo (1º) ao aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, numa escala da viagem entre São Paulo e Dublin, na Irlanda. A agência de viagens brasileira afirmou que pediu assistência para Aline nos aeroportos.

Aline foi a última passageira a sair do avião no colo de dois funcionários do aeroporto. Ela disse que foi maltratada depois que insistiu em levar um travesseiro da companhia aérea.

Aline foi levada para a passarela que liga o avião ao saguão e a porta do avião foi fechada.
“O pessoal da assistência, dois rapazes, um que me transfere, um me pega pelo braço, me pega embaixo do braço e o outro pega no meu joelho e me transfere para a cadeira.

Quando ele foi me transferir, ele afrouxou. Ele me levantou e afrouxou a mão. Meu corpo projetou para a frente. Eu não tenho controle de tronco. Ele deu uma risada sarcástica e me soltou no chão. Eu caí em cima da minha perna que está operada”, contou Aline.
Aline disse que os outros funcionários do aeroporto se aproximaram, conversaram em alemão, mas não a ajudaram apesar dos pedidos em inglês.

“A minha mãe me ajudou a virar de bruços, tentei me rastejar. A minha ideia era rastejar até o saguão e pedir ajuda, mas o máximo que eu consegui foi rastejar uns dez metros. Eu me machuquei inteira, eu pedia e não me colocavam na cadeira. Depois de 45 minutos o bombeiro chegou e me colocaram na cadeira”, contou ela.

Ela disse que foi encaminhada para o próximo voo em direção a Dublin, onde mora, sem nenhuma explicação.

O aeroporto de Frankfurt e a companhia aérea Lufthansa no Brasil declararam que não sabiam do incidente e que vão investigar o caso nesta terça-feira (3).

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Redação CONTI outra. Com informações de G1

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