Em 2011, Kate Steller, de Minneapolis, Minnesota (EUA), comprou onze poltronas de couro vermelhas para equipar seu novo salão de beleza, o Steller Hair Company.
A micro-empreendedora colocou dez das cadeiras em seu salão de beleza e inaugurou o espaço, tendo como objetivo principal devolver a auto-estima às pessoas. No seu salão, o compromisso é fazer com que os clientes saiam de lá parecendo e sentindo-se muito melhor do que antes. Mas, apesar de amar tocar o seu empreendimento, Kate deixa o salão sob responsabilidade de seus funcionários ao menos uma vez por semana, quando se junta à sua assistente e parte com ela e com a 11ª cadeira vermelha para as ruas da cidade.
Kate arrasta sua assistente Emily Lall por toda Minneapolis em busca de uma das muitas pessoas que vivem nas ruas, e com quem ela esbarra todos os dias ao ir para o trabalho.
Quando elas identificam alguém que precisa de um corte de cabelo e de uma injeção de ânimo e autoestima, as duas param o carro e perguntam se a pessoa gostaria de receber uma sessão de salão gratuita. As duas mulheres então puxam a cadeira vermelha brilhante e realizam corte de cabelo, pintura e maquiagem ali mesmo.
“Eu poderia cortar o cabelo de alguém em uma cadeira dobrável, sentada na calçada, ou em qualquer lugar. Tecnicamente, não preciso dessa cadeira”, explicou Katie . “Mas o intuito da cadeira é mostrar a essas pessoas que elas são importantes e merecem o melhor”.
Katie tem grande preocupação e respeito pelas pessoas em situação de vulnerabilidade social. Ela iniciou seu projeto de caridade com os desabrigados em 2013, mas teve que paralisá-lo por um tempo para se concentrar no crescimento dos seus negócios. Agora que o salão está bem, Katie está de volta às ruas procurando fazer o melhor que puder com o conjunto de habilidades que recebeu.
“É só identificar um talento seu e pensar em como isso pode beneficiar outra pessoa”, afirmou Katie. Ela entende que fazer a barba ou fazer um corte de cabelo novo pode elevar o ânimo das pessoas e ajudá-las a se sentir melhor, e como seu trabalho é fazer exatamente isso, ela estende seus talentos àqueles que não podem pagar pelos cortes de cabelo. Durante a infância, Katie enfrentou problemas de saúde que causaram a perda de cabelo, então ela entende o quão importante o cabelo pode ser para a auto-estima.
“Quando eu tinha 18 anos, os médicos tiveram que remover todo o meu intestino grosso por conta da doença.”, disse Katie. A condição e o tratamento fizeram com que o cabelo de Katie caísse, o que foi um episódio traumático para ela, e mais tarde a influenciou na escolha da profissão.
“Quando você começa a perder o cabelo, você percebe que ele é responsável por grande parte da sua identidade”, ela admitiu. “Esse é provavelmente o meu principal motivador. Eu não sou cabeleireira apenas porque sou naturalmente boa nisso, eu acho que sou tão boa nisso justamente porque vejo o ofício como um meio de me conectar e cuidar das pessoas.”
Katie revela que adoraria ver um fim para o problema da falta de moradia e entende que a sua pequena contribuição não é suficiente para realizar o tipo de mudança permanente que é realmente necessária. Ela apenas faz o que pode para ajudar. “Eu não estou afirmando conhecer todas as respostas, sou cabeleireira”, diz ela. “Estou apenas usando minha habilidade.”
“Quando você tem a capacidade de oferecer, é uma responsabilidade ofercer”, disse Katie. Ela espera que seus cortes de cabelo na calçada inspirem os outa fazer o que puderem usando suas próprias habilidades para ajudar os outros. “Eu quero fazer o melhor que meu coração e minhas mãos possam realizar nesta vida curta e incerta.”
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Redação CONTI outra. Com informações de inspiremore