Há alguns dias, viralizou nas redes sociais uma história comovente: um cãozinho passou dias em frente a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) à espera do seu dono, que foi internado e faleceu no local. Mas o caso ganhou novos elementos recentemente, quando se soube que o homem que faleceu no hospital não tinha sido o primeiro tutor do animal.
Depois de ficar vagando nas imediações do hospital, o cãozinho foi rebatizado como Hashiko, em homenagem ao lendário cão da raça Akita que passou anos voltando para a mesma estação de trem no Japão à espera de seu dono, já falecido. Mas o que não se sabia até então é que seu nome verdadeiro é Max.
Há mais ou menos dois meses, Max morava com uma família e tinha saído de casa quando a dona não estava. Desde então, essa família o procurava, mas não havia o localizado.
Nesse meio tempo, o cãozinho conheceu o homem que faleceu na UPA Rodoviária, por quem esperou por dias em frente à unidade. A história de amor e lealdade do cão pelo seu amigo humano foi muito compartilhada nas redes sociais e comoveu centenas de milhares de pessoas.
Depois que a história viralizou na internet, a antiga família de Max o reconheceu em uma postagem nas redes sociais. O cãozinho, que havia sido resgatado pela equipe do Canil Municipal de Guarujá, e já estava castrado, agora retornou ao antigo lar com status de celebridade.
Juzilaine Ricardo do Nascimento, dona de Max, contou ao G1 que Max é da primeira cria de uma cachorra que ela tem. Ela disse também que, além dele, tem outros dois cachorrinhos, também filhos dessa cadela. “Eu quis que ela tivesse a primeira cria, e assim que ela ganhou eu a castrei. Em casa, tenho cinco cachorros”, conta.
Segundo Juzilaine, há cerca de dois meses, foi viajar, e a mãe ficou na casa dela. “Acho que, em um descuido dela, ele, brincando, acabou indo pela rua e se perdeu. Quando eu cheguei, procurei em vários lugares e não achei. E depois continuamos tentando achá-lo de carro, e nada”, relata.
Juzilaine e sua família fizeram postagens sobre o sumiço do cão, na esperança de reencontrá-lo, mas até então não tinham notícias sobre o seu paradeiro. Mas, nesta quarta-feira, enquanto acessava as redes sociais, Juzilaine viu a publicação do Canil Municipal sobre o cachorro.
“Eu vi que era ele, e minha filha também viu. Então, comentei que ele era meu, e que queria buscá-lo, e nesta quinta consegui contato com o canil e fui. Quando minha filha chegou em casa e se deu conta de que ele estava aqui, ela chorou tanto de emoção que soluçava. Foi emocionante. Ela falou ‘mãe, graças a Deus que achamos ele, mas ele está tão magrinho’. E eu falei ‘calma, vamos cuidar dele’. E o Max, quando viu a mãe e os irmãos, ficou muito feliz, foi inexplicável, ele até pulava. Está com uma cara de bem contente”, conta a jovem.
Júlio Cesar da Silva, superintendente de bem-estar animal do Canil Municipal, disse ao G1 que Max ficou muito feliz por reencontrar sua antiga família. “Nós também ficamos muito felizes, isso nos mostra que estamos no caminho certo”, diz.
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Redação Conti Outra, com informações de G1.
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