Esta é uma história que, infelizmente, se parece com a de muitos outros animais de estimação pelo Brasil e pelo mundo. O cãozinho Wall-E vivia nas ruas, até ser resgatado ainda filhote pelo abrigo Maricopa County Animal Care and Control (MCACC), no Arizona, Estados Unidos. A sorte pareceu ter sorrido para ele quando foi adotado, conheceu o conforto de um lar e teve acesso a todo o cuidado e todos os mimos que um melhor amigo merece. Mas, certo dia, seus donos empacotaram todas as suas coisinhas em um saco de lixo e o devolveram ao abrigo, como se ele fosse um objeto que pode ser dispensado. O caso aconteceu no estado do Arizona (EUA).
De acordo com o site The Dodo, o que motivou a atitude foi que a família de Wall-E achou que não conseguiria mais cuidar do cãozinho da maneira que eles entendiam que ele merecia. “Ele foi entregue por sua família porque eles não tinham tempo suficiente para ele”, disse Jordan Bader, que dirige uma página no Facebook para os cachorros aptos a adoção do MCACC. “Ele estava com muito medo. Em seu canil, ele latia e latia.”
Por mais bem intencionado que fosse, o abrigo estava muito longe de ser hotel para cachorros, e Wall-E não pôde guardar seus brinquedos e a cama no seu canil. O pobre cãozinho ficou confuso e deprimido – longe do conforto de sua vida anterior e das pessoas que prometeram amá-lo independentemente de qualquer circunstância.
Todos que viam Wall-E atrás das grades no espaço mínimo que lhe foi destinado no canil, não conseguiam ver nada além de uma atitude defensiva que mascarava o cachorro outrora despreocupado e feliz. Mas os funcionários do abrigo sabiam que havia um cachorro incrivelmente doce atrás das grades, apenas esperando que alguém visse o verdadeiro Wall-E.
“Por causa da apatia que Wall-E demonstrava atrás das grades, muitos possível adotantes passaram por ele e o ignoraram”, disse Bader. “Mas com os voluntários ele era muito meigo e brincalhão.”
Por dois meses, Wall-E permaneceu no abrigo lotado, sem nunca chegar perto de conseguir uma casa e uma família amorosa. Foi quando Bader teve a ideia de mostrar ao mundo quem era de verdade esse cachorro “tão indesejado” – e contou sua história. A ideia funcionou.
“Cerca de seis voluntários e eu administramos a página do Facebook que exibe os cães do abrigo que estão aptos a adoção”, explicou Bader. “Sabíamos que essa foto iria emocionar muita gente e receberia muita atenção, mas não fazíamos ideia de que explodiria como aconteceu. Tivemos logo muitas pessoas interessadas em oferecer um lar a ele.”.
Lynn Lee viu a foto e ficou tão comovida que se dirigiu imediatamente ao abrigo para se encontrar pessoalmente com Wall-E.
Para o encontro, ela levou seu próprio cachorro, e os dois se deram tão bem que no dia seguinte à publicação da foto de Wall-E, ele estava a caminho do seu novo lar definitivo, agora para não ser nunca mais abandonado.
“Eles foram incríveis”, observou Bader. “Wall-E se dá bem com a família, adora parques de cachorros e carinhos”.
Agora com sua nova mãe, Wall-E deixa sua personalidade brilhar – e rapidamente se acostumou com sua nova cama.
A história de Wall-E teve um merecido final feliz, mas isso não acontece com todos, por isso, antes de abandonar um cãozinho, se faça a pergunta, “Eu abandonaria alguém da minha família?”.
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