Esses dias, Jout Jout (famosa Youtuber brasileira) publicou um vídeo contando sobre as reflexões que fez sobre “Capitão Fantástico”, o que despertou, em mim, a vontade de assistir novamente ao filme, que, entre os indicados ao Oscar do ano passado, tinha se tornado o meu preferido.
Para surpresa de todos, “Capitão Fantástico” não é um filme de super-herói. Todavia, inegavelmente, temos heróis nessa história: Ben e seus seis filhos – que vivem e são educados na floresta, por ele e sua esposa Leslie, que, por sua vez, devido a problemas de saúde, ausentou-se de seu lar.
Já de início, somos todos cativados pela família e seu modo de vida nada tradicional e entramos na trama, que, para começo de conversa, parece bem simples: a viagem que eles fazem à cidade grande para assistir ao enterro da mãe que se matou devido a complicações no seu estado mental.
Agora, é chegada a hora em que tento convencê-los a assistir ao filme, sem enchê-los de spoilers.
Começaria lhes dizendo “Capitão Fantástico” é um filme sobre união, sobre o trabalho em grupo, grupo este que, quando é uma família com membros com personalidades distintas, torna-se uma complexa rede de fios que, quando remexida, pode levar a alguns choques.
O longa-metragem, dirigido por Matt Ross, é uma crítica sutil (ou não) à educação tradicional. Aquela em que nos empurram conteúdo sem mais nem por quê. Aquela educação autoritária, que nos impõe regras e verdades. Aquela que não se interessa em despertar, no aluno, o olhar crítico, a consciência, a autonomia no pensar. Aquela educação que trata a criança como ser desprovido de pensamento e de conhecimento.
Essa é, portanto, também uma obra sobre as bolhas. A bolha em que Ben e sua esposa colocaram seus seis filhos. A bolha do capitalismo – fútil e superficial – em que estamos todos inseridos. As bolhas nas quais nos abrigamos para nos cegar àquilo que não queremos ver.
O filme é, ainda, um lembrete de que ninguém, NINGUÉM, é imune a erros e que, nessas horas, mais vale é ser humilde o suficiente para pedir perdão. Um lembrete de que o problema não é voltar atrás, é insistir no mesmo erro. De que o bom humor sempre ajuda.
De que o instinto de liberdade nos leva à esperança e a esperança, à possível mudança. Um lembrete de que extremos são perigosos e requerem renúncias, às vezes questionáveis, e de que o diálogo é um dos melhores meios para se resolver conflitos.
Ah! “Capitão Fantástico” também é um filme sobre amor (em todas as suas formas) e para aqueles que ainda acreditam e se encantam com ele. Finalizo o texto tentando lhes provar isso através de uma fala de Ben para Leslie (perdoem-me por esse spoiler, por favor): “Meu rosto é meu, minhas mãos são minhas, minha boca é minha, mas eu não. Eu sou seu”.
Então, o que você está esperando? Corre para assistir a essa maravilha!
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