Capulana
A semelhança dos teus traços de mamana
Que coberta de uma humilde capulana
Menina de cores d`Africa
Onde os paços que perfumam becos
Esbanjam beleza
Mucume disfarçado em natureza
Capulana,
Enrolando a moldura de curvas moçambicanas
Cobrindo as fofocas das mamanas
Que semeiam simpatia da nossa terra
Valorizando a postura
E criando sedução aos olhos da cintura
Capulanizando gostos
És de forma delicada enrolada em cérebros
Que moldam rostos
Viva, pois esta viva
De cor aos amantes
Mais vida, aos amores
Deixa e tape as colantes
E seduza nossos senhores
Assim como a cultura quando cose
Africanize as europeias de Moz
De como espelho as cocuanas
Que são fieis a marrabenta
E ignoram, o semba
Que valorizam suas tradições e
criam de volta da fogueira suas canções
Por baixo do que cobras
Há fogo,
Fogo que arde
Mulheres lindas, moçambicanas obras de arte
Que acolhem vida, vinda de qualquer parte
Capulana, capulana,
Siga todas a fulanas que te ti se abstêm
Capulana, capulana
Ame todas as fulanas
Que de ti são reféns
Énia Stela Lipanga
Foto de capa da matéria © Werner Puntigam