Faleceu na manhã deste sábado (4) o cartunista Paulo Caruso, aos 73 anos. Ele estava internado em São Paulo. Ainda não há informações oficiais sobre a causa do óbito.
Paulo José Hespanha Caruso, nascido na capital paulista em 6 de dezembro de 1949, era caricaturista, ilustrador, chargista e músico. É irmão gêmeo de Chico Caruso, também cartunista.
No início dos anos 1970, cursou arquitetura na Universidade de São Paulo (USP), porém nunca exerceu a profissão. Em 1985, no Salão de Humor de Piracicaba, no interior de São Paulo, uniu a paixão pela música ao amor pelo desenho e criou uma banda só com cartunistas.
Em uma entrevista para o programa “Conversa com Bial”, Paulo contou que ele e o irmão começaram cedo na arte do desenho. “Desde os 4, 5 anos de idade a gente desenhava sem parar, incentivado pelo nosso avô materno, que era pintor amador, pegava na mão da gente e ensinava a desenhar. Foi quem me ensinou a tocar violão também.”
Segundo ele, a política também chegou cedo em suas vidas, “a gente pegou com 14 anos, em 64 veio o golpe”.
O cartunista deu início à sua vida profissional no “Diário Popular” no final da década de 1960 e também colaborou com os jornais “Folha de S.Paulo” e “Movimento”.
Nos anos 1970, foi para “O Pasquim”, ao lado de Millôr Fernandes (1923-2012), Jaguar e Ziraldo. A partir de 1988, publicou, na revista “IstoÉ”, a coluna de humor Avenida Brasil, onde sintetizou, com sátira e humor, vários momentos da história política do país.
Em 1992, Paulo lançou o livro “Avenida Brasil”, que reunia centenas de charges políticas, publicadas em jornais e revistas. Na época, o foco da maior parte das chaarges era o entçao presidente Fernando Collor de Mello.
Paulo também lançou “As Origens do Capitão Bandeira” (1983), ”Ecos do Ipiranga” (1984), “Bar Brasil na Nova República” (1986) e “A Transição pela Via das Dúvidas” (1989).
“A matéria-prima é toda fornecida pelo governo. Eu acho que nós, cartunistas, deveríamos virar ‘estatal’ porque nós dependemos tanto do governo para nossa produção”, brincou.
Paulo Caruso ganhou vários prêmios, entre eles, o de melhor desenhista, pela Associação Paulista dos Críticos de Arte – APCA, em 1994.
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Redação Conti Outra, com informações do g1.
Foto destacada: Reprodução/paulocaruso.com