A falta de espaço em Tóquio, uma cidade com cerca de 13 milhões de habitantes, tem levado ao surgimento de residências cada vez menores e mais caras. Esse fenômeno foi recentemente destacado pela corretora imobiliária RoomPa, que exibiu um estúdio de apenas 18,88 m² em um vídeo no Instagram. A publicação rapidamente se tornou viral, atingindo mais de 28,6 milhões de visualizações e 946 mil curtidas.
Localizado próximo à estação de metrô Kameidosuijin, o estúdio compacto está disponível para aluguel por ¥ 99 mil (aproximadamente R$ 3.305). Apesar do tamanho reduzido, a residência de dois andares foi projetada para maximizar o uso do espaço disponível. No térreo, há um lavabo e uma pequena cozinha com uma mesa de jantar. No andar superior, um armário com máquina de lavar fica ao lado do chuveiro, e um espaço elevado foi pensado para acomodar um colchão.
A popularidade do vídeo, no entanto, não impediu que as opiniões dos internautas se dividissem. Muitos viram a pequena casa como uma solução prática para viver em uma metrópole densamente povoada. “Os introvertidos dizem: – Isto é o paraíso”, comentou um usuário. “Sinceramente, para uma pessoa, é ótimo”, acrescentou outro.
Por outro lado, houve críticas sobre a funcionalidade e o conforto do imóvel. “Só gente magra pode morar aqui”, afirmou um internauta. “Tanto espaço desperdiçado para escadas e corredor…”, observou outro. Um terceiro criticou o conceito de viver em espaços tão pequenos: “Exatamente em que ponto as pessoas foram convencidas a viver em pequenas caixas e nunca reclamar disso? A humanidade ficou estranha, deveríamos reiniciá-la.”
A discussão sobre as micro-residências em Tóquio reflete um dilema maior enfrentado por muitas grandes cidades ao redor do mundo: como equilibrar a demanda por moradia com a disponibilidade limitada de espaço.