1.754 acres ou, para ficar mais fácil de entender, a área de 1.002 campos de futebol oficiais. Este é o tamanho da floresta que o casal de brasileiros Sebastião Salgado e Lélia Wanick recuperaram no Estado de Minas Gerais, no Vale do Rio Doce, em (pasmem!) 20 anos.
O trabalho começou após Salgado voltar de uma temporada na África, onde documentou o Genocídio de Ruanda, que matou cerca de 800 mil pessoas. Abalado emocionalmente, decidiu ir para a fazenda de sua família para se recuperar: um lugar que, em sua memória, guardava um pedaço exuberante de uma floresta tropical.
Ao chegar no local, no entanto, a surpresa: a região estava devastada. Dos 1.754 acres – mais de 7 mil m² -, apenas 0,5% ainda possuía árvores e toda a vida animal havia desaparecido.
Para curar a si mesmo e à região, Salgado e sua mulher fundaram o Instituto Terra, organização ambiental dedicada a promover o desenvolvimento sustentável do Vale do Rio Doce.
20 anos e muito trabalho depois, a antiga fazenda árida voltou a ser floresta, abriga centenas de espécies de fauna e flora – inclusive que estão ameaçadas de extinção – e até ganhou o título de Reserva Particular do Patrimônio Natural do Brasil. Como consequência, nascentes foram recuperadas, contribuindo para o regime hídrico da região, e o clima também está muito mais agradável.
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