A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre Pirâmides Financeiras aprovou hoje a quebra de sigilo bancário das personalidades Cauã Reymond, Tatá Werneck e Marcelo Tas, juntamente com Rodrigo Marques dos Santos, proprietário da empresa Atlas Quantum. A decisão foi anunciada no site oficial da Câmara dos Deputados após a reunião realizada nesta data.
Os atores estão sendo investigados devido à sua participação em propagandas da companhia Atlas Quantum. A CPI também determinou a quebra do sigilo bancário do dono da empresa, Rodrigo Marques dos Santos.
A requisição partiu do deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP), que afirmou: “Solicito que esta CPI ordene a quebra do sigilo bancário da companhia Atlas Quantum, de propriedade de Rodrigo Marques dos Santos, CNPJ Nº 31.049.719/0001-40, e dos contratados, senhores Cauã Reymond Marques e Marcelo Tristão Athayde de Souza, bem como da senhora Talita Werneck Arguelhes, assim como o acesso aos contratos e informações do pagador relacionados às campanhas realizadas”.
Embora os artistas tenham sido convocados para comparecer perante a comissão, eles não participaram das reuniões após obterem habeas corpus emitidos pelo Supremo Tribunal Federal.
Quanto ao envolvimento de Tatá Werneck, Cauã Reymond e Marcelo Tas, estes participaram em campanhas publicitárias enquanto a Atlas Quantum estava em atividade. A empresa foi acusada de realizar golpes totalizando mais de R$ 7 bilhões, prejudicando aproximadamente 200 mil investidores, inclusive o próprio Marcelo Tas.
Durante o período em que a empresa estava operando, Tatá, Cauã e Tas foram destacados em campanhas publicitárias. Vídeos diversos apresentando Cauã e Tatá ainda podem ser encontrados na página da Atlas Quantum no Facebook. Nestes vídeos, os dois endossam a empresa e o investimento em criptomoedas, compartilhando suas razões para acreditar na empresa.
Tatá e Cauã também participaram do “Desafio Investidores”, um evento ao vivo transmitido em plataformas digitais para promover a empresa e seus serviços, unindo-se a outros influenciadores.
Advogados de Tatá Werneck, Ricardo Brajterman e Maíra Fernandes, declararam em nota enviada ao Splash: “A convocação causou surpresa, uma vez que Tatá atuou apenas como garota-propaganda da Atlas há cinco anos, período em que a empresa não tinha nenhum histórico desabonador. Se o Banco Central, CVM, Ministério Público, Receita Federal e outros órgãos reguladores permitiam as operações da Atlas com o público em geral, não seria possível para Tatá, como atriz, antever qualquer atividade ilegal da empresa.”
A reportagem continua tentando entrar em contato com a equipe de Cauã e Tas.
Quanto a Ronaldinho Gaúcho, a empresa 18K Ronaldinho é acusada de estar envolvida em um esquema de pirâmide. A companhia prometia lucros diários de 2% em investimentos de criptomoedas, incluindo o bitcoin. No site oficial da empresa, o ex-jogador de futebol aparecia como um dos fundadores, ao lado do empresário Marcelo Lara e do gestor de operações Bruno Rodrigues. Conforme informações do Valor Econômico, Ronaldinho alegou que sua imagem foi utilizada de maneira inadequada.
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Redação Conti Outra, com informações do Splash/UOL.
Foto: Divulgação.
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