Estamos atravessando a pior época da pandemia do Covid-19 aqui no Brasil. Observamos atônitos o aumento do número de infectados e mortos, falta de leitos, respiradores para as vítimas e ausência de EPIs (Equipamento de proteção individual) para os profissionais de saúde, estes que estão na linha de frente.
Diante desse cenário caótico, nós, mães e pais, apresentamos outras preocupações. Tais como: colocar as crianças para assistirem as aulas EAD (novo ambiente para a maioria das famílias, sem esquecer as desigualdades do país), manter a casa organizada, comida pronta, ir ao mercado para fazer a compra da semana e não voltar contaminado, lavar as compras, desinfectar a casa, manter os horários das refeições de acordar e dormir, pensar em garantir o sustento da família, entre tantas outras preocupações.
Diante desse contexto, sinto-me uma bailarina que faz movimentos perfeitos e sincronizados, mesmo sentindo dores pelo corpo todo e pela alma, querendo transmitir a “leveza” da dança. Esse momento atípico, de uma pandemia instalada no mundo, lembra os espetáculos das bailarinas e bailarinos, pois é mais ou menos isso que fazemos com as crianças. Nós, pais e mães, embora tenhamos dores, medo e preocupações, não podemos demonstrar aos filhos, assim como esses profissionais que não demonstram suas dores ao público.
Não penso que é necessário escancarar a realidade nua e crua para eles, mas é óbvio que já entenderam que há algo diferente acontecendo. Estão longe da escola, amigos, parentes e sem as atividades rotineiras.
A dureza da realidade tem fragilizado toda a humanidade, portanto, mostrar esse cenário para as crianças seria cruel, assim como apontar somente a “leveza” e “doçura” diante desse caos seria falsidade.
É importante falar sobre a pandemia de uma forma que entendam e não é preciso entrar na questão de mortes. Mas, precisam aprender a se protegerem do vírus, de forma que se preparem para a ‘nova vida’. A verdade é a forma mais acertada e justa para com as crianças.
Esse também é um bom momento para compreenderem que viver não é tarefa fácil e exige de todos resiliência, sabedoria, paciência e calma. Mas, sobretudo, que a vida tem um grande poder de se renovar e se reinventar, mesmo depois do caos.
Somos pais e mães e é importante que nunca faltemos com a verdade e recursos para fazermos de nossos filhos, seres humanos capazes de lidarem com as mazelas da vida.
Dessa forma, poderão transformar o mundo num lugar melhor do que hoje para se viver.
***
Texto: Elisângela Siqueira- contato com a autora em www.apsicanalistaonline.com.br ou no Facebook.
Edição e revisão: Rafael Henrique da Silva (MTB: 0089369/SP)
Crédito imagem: Pixabay
Christopher Michael Langan, cujo QI é superior ao de Albert Einstein e ao de Stephen…
O filme, que já figura entre os pré-selecionados do Oscar 2025 em duas categorias, reúne…
O Japão é mundialmente reconhecido por sua saúde física e mental, com taxas impressionantemente baixas…
Graças às redes socials, Laura finalmente tem um grupo de amigas com quem compartilhar os…
Quantas vezes você já entrou em um cômodo da casa ou no trabalho e, de…
O Japão é conhecido mundialmente por suas práticas eficazes de autocuidado e bem-estar. Entre essas…