Foram anunciados nesta segunda-feira, 20, os resultados preliminares das duas primeiras fases de testes da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido. De acordo com os cientistas, a vacina mostrou-se segura e capaz de induzir resposta imune no corpo dos voluntários. Além disso, ela pode ter o efeito reforçado após uma segunda dose.
Um total de 1.077 voluntários participaram das 1 e 2 dos testes, que foram conduzidas simultaneamente no Reino Unido. Os ensaios mostraram que a vacina foi capaz de induzir a resposta imune tanto por anticorpos como por células T até 56 dias depois da administração da dose.
“Exatamente o tipo de resposta imune que esperávamos”, declarou Andrew Pollard, professor de pediatria na Universidade de Oxford.
A vacina, cuja fase 3 dos testes vem acontecendo também no Brasil, pode estar disponível para alguns grupos de risco no Reino Unido até o fim do ano, mas provavelmente não estará para todos, afirmou Sandy Douglas, de Oxford.
Segundo Soraia Smaili, reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o imunizante, se tudo der certo, poderá ter o registro liberado em junho de 2021.
Em todo o mundo, 50 mil pessoas participam dos testes da vacina, 10% delas no Brasil: 2 mil em São Paulo, 2 mil na Bahia e outras 1 mil no Rio de Janeiro. Quem coordena desde junho a aplicação da vacina em São Paulo é o Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) da Unifesp.
“Com a quantidade de pessoas que estão recebendo a vacina no mundo, é possível que tenhamos resultados promissores no início do ano que vem e o registro em junho”, afirma Soraia Smaili, reitora da Unifesp.
A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford é a mais adiantada no mundo e, também, a mais avançada em termos de desenvolvimento, segundo a Organização Mundioal de Saúde (OMS). Um dos centros que testa essa vacina é coordenado por uma brasileira, a cientista Daniela Ferreira, doutora pelo Instituto Butantan.
Em 274 de junho, o governo federal assinou um acordo que prevê a produção no Brasil da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a biofarmacêutica AstraZeneca.
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Redação CONTI outra. Com informações de G1