O protagonista desta história é Mauricio Casado, um homem de 48 anos da província de Mendoza, no oeste da Argentina, cujo nobre ato de generosidade para com uma criança em situação de vulnerabilidade social comoveu centenas de milhares de internautas.
Tudo começou quando um menino se aproximou da Livraria Dino, no centro de San Rafael, em Mendoza, e pediu ajuda ao proprietário, como contou Mauricio em entrevista ao Infobae: “O menino entrou e perguntou respeitosamente se tínhamos como ajudá-lo porque ele não tinha dinheiro para comprar materiais para usar na escola; Perguntei o que ele precisava e tudo o que ele pediu foram cadernos e lápis de core. E adicionamos um lápis, uma caneta, uma borracha, um apontador, uma régua, um estojo e algumas outras coisas. Coloquei tudo em uma bolsa e dei para ele. Ele saiu muito feliz, agradeceu antes de sair e foi embora”.
Enquanto tudo isso acontecia, na livraria havia um cliente que ficou surpreso com o que viu e depois de parabenizar o homem, decidiu compartilhar a história em um post em sua conta no Facebook, que dizia: “Fatos que transcendem. Por oba do acaso, nesta manhã presenciei um acontecimento que nos incentiva a continuar pressionando para o lado certo. O dono da livraria Dino (terceiro quarteirão do Libertador) deixou entrar em suas dependências uma criança que não pedia dinheiro ou comida… entrava para pedir materiais para poder ir à escola (palavras literais do menino de não mais de 8 anos). Então o dono do estabelecimento perguntou: ‘O que mais você precisa?’ Tive que expressar a minha admiração e recomendo o lugar onde certamente mais acontecimentos como este aconteceram, só que desta vez fui testemunha”.
A publicação do homem rapidamente se tornou viral e logo alcançou mais de 11.000 reações, foi compartilhada por 55.000 pessoas e recebeu milhares de mensagens que aplaudiram a nobre ação de Mauricio, já que muitos mendocinos reconheceram a Livraria Dino e alguns até mencionaram que o pai de Mauricio, Dino Casado, que agora tem 74 anos, ajudava as crianças da mesma forma e o filho também o fazia com frequência.
Em entrevista ao Infobae, Maurício mencionou que seu pai começou abrindo um quiosque em 1981, onde vendia diversos tipos de mercadorias e acabou abrindo sua livraria e se tornou um homem muito amado e respeitado pelos vizinhos.
“Desde que isso aconteceu, muitas pessoas nos escreveram agradecendo o gesto, mas até nos comentários das notas veiculadas pela mídia de Mendoza, houve quem dissesse que foi graças ao fato de meu pai tê-los ajudado que eles puderam estudar ou ir para a escola. Até uma senhora, em resposta a um comentário que dizia que fazemos isso para fins de marketing, disse que, quando ela perdeu o emprego, meu pai deu suprimentos para sua filha durante anos. Você sabe como foi emocionante ler isso? Eu capturei e mostrei para meu pai, que estava chorando por causa daquelas palavras.”
Além disso, Mauricio contou que “Quando eu era criança, eu vi meu velho dar suprimentos para as crianças que vinham perguntando se ele podia dar um lápis e ele lhes dava cadernos, canetas e muitos outros suprimentos. Eu não entendia e pensei ‘Por que ele sempre dá as coisas?’, E quando eu cresci eu entendi”.
O argentino acrescentou: “Meu pai de 74 anos sempre vai à livraria. Antes da pandemia, fazia isso todos os dias e era apenas mais um; agora ele aparece dia sim, dia não, por algumas horas ou quando você precisa. Ainda vejo como o cumprimentam com muito carinho, todo mundo conhece ele na rua e isso me deixa muito feliz e me deixa muito orgulhoso”.
Por fim, Mauricio mencionou na entrevista que espera que “isso gere um efeito multiplicado e faça muita gente pensar na importância de ajudar os outros. Não é preciso colaborar com dinheiro, todos temos em casa roupas que não usamos e em boas condições que podem doar para quem precisa, tem muita gente que precisa de ajuda”.
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Redação Conti Outra, com informações de Nation.
Fotos: Reprodução.