Todos nós estamos em busca de paz interior, contudo, a nossa era da hiperconectividade com milhares de sons, imagens, vídeos, textos, obrigação de ter posição a respeito de todos os assuntos e ao mesmo tempo a superaceleração das tarefas do cotidiano sequestram a nossa serenidade.
Além disso, o uso de fake news nas redes sociais para eliminar as vozes divergentes, a ruptura do espaço público, a terrível pandemia do coronavírus e a irracionalidade do governo aprofundam a crise política, econômica e social.
Mesmo assim, precisamos manter a nossa estabilidade mental e espiritual, o que não significa ignorar os problemas, pelo contrário é saber da existência deles. Mas, temos que pacificar os sentimentos de mágoa, rancor e ódio, que elevam os confrontos entre as pessoas e grupos.
A paz interior é uma ferramenta que nos ajuda a lidar com esse turbilhão de coisas, que funciona como um bloqueio natural aos nossos sinais de tensão e ansiedade, que nos permite enfrentar todos os dias os desafios e temores sem desabar emocionalmente.
No entanto, é necessário estabilizar a nossa “homeostase”, palavra grega que se refere: homeo = semelhança, stasis = ação de pôr em equilíbrio o corpo. A paz de espírito nos auxilia a conquistar isso, pois ela transcende o estado de aprisionamento que nos cega completamente.
Os espiritualistas dizem que a paz interior é uma experiência divina, que se alcança com paciência, conhecimento e entendimento sobre si mesmo, todavia, muitas pessoas projetam as suas realizações apenas em bens materiais, perdendo o sentido da vida.
Na filosofia, o sentido da vida constitui em um questionamento do significado da existência humana. Porém, o que isso tem a ver com a paz interior? É que ela nos alcança um entendimento maior sobre a vida, que representa viver livre de manipulações e ressentimentos.
Assim, não cairemos nas especulações de pastores charlatões, videntes, astrólogos, futurologistas, falsas pesquisas e das declarações insanas dos poderosos, que fazem previsões estapafúrdias da vida pós-pandemia, aproveitando que a Covid-19 virou a nossa “normalidade” de ponta-cabeça.
A filósofa Hannah Arendt nos lembra que, enquanto existirem novas vidas, sempre existirá a possibilidade de um novo começo, porque cada recém-chegado tem a capacidade de fazer algo novo, a faculdade de fazer e manter novas promessas que permitam construir ilhas de segurança.
Aliás, Arendt falou da nossa responsabilidade em lutar contra a banalização do mal, que é a argamassa homogeneizadora de sujeitos atomizados, que aderem de modo obstinado aos novos demagogos. Então, é preciso retificar que nem todos estão em busca de paz, o que eles querem é criar o desequilíbrio social e psicológico para se manter no poder.
Portanto, escolher viver em paz é um movimento da mente e do espírito, uma decisão que propicia sentido à vida, mudando o nosso padrão de interagir com mundo interno e externo, que nos permitirá enfrentar a escalada de incertezas da pandemia e das turbulências destes tempos difíceis.
O estudante é fruto de um arranjo familiar em que a mãe biológica é irmã…
Se você é fã de comédias românticas, provavelmente já ouviu falar de "Como Perder um…
É impossível resistir aos seis deliciosos episódios desta série que está disponível na Netflix.
Poucas pessoas conseguem passar pelos 14 minutos arrebatadores deste filme sem derramar uma única lágrima.
Como estudantes, muitas vezes nos deparamos com imagens de texto que talvez precisemos incluir em…
O poema "Ozymandias", escrito por Percy Shelley em 1818, traz à tona reflexões sobre a…