O cenário é o seguinte, sala de aula do segundo ano do Ensino Médio, aula de História. O assunto? Revolução Francesa! Os movimentos sociais que a antecederam, as motivações, os conflitos; na sequência, no período pós-revolução, a Era Napoleônica, ascensão e queda. Desses assuntos de dar saudade das aulas de História, quando tivemos a sorte de ter Professores apaixonados pelo que escolheram abraçar como profissão. Aquelas aulas maravilhosas que deixam a gente arrepiado. Aquelas aulas que fazem o tempo voar!
Mas aqui, vamos olhar para aqueles alunos que não tiveram essa sorte. Aliás, esses meninos e meninas, estudaram praticamente a vida inteira numa mesma escola, chegaram ao Ensino Médio com recursos pouco desenvolvidos para interpretar o que leem, o que veem e o que vai pelo mundo. Quando isso fica evidente? Na prova, claro!
A dinâmica é essa, quilos de matéria enfiadas goela abaixo, em aulas expositivas, sem nenhuma preocupação ou compromisso em desenvolver habilidades reflexivas; e, o glorioso momento é a prova. A prova vai dizer quem foi capaz de engolir, digerir e vomitar de volta os conteúdos “apresentados”.
E aqueles meninos e meninas, que não são uma exceção, infelizmente, porque a realidade de uma sala de aula de Ensino Médio numa escola tradicional, hoje em dia é, com muito boa vontade o seguinte: de trinta alunos (no mínimo), cinco acompanham o professor, dez tentam acompanhar, os outros quinze, pensam em outra coisa, qualquer outra coisa – ou por falta de interesse, ou por falta de recursos anteriores, que essa mesma escola não desenvolveu.
Aqueles alunos lá, não se saíram bem na prova. Não conseguiram a “média”. O diagnóstico do professor? Segundo ele, trata-se de imaturidade; os alunos dão respostas vagas. Ahhhhh, mas a solução é muito simples… diz o professor “Eles precisam treinar mais as respostas!”.
Como?!? Num universo onde cabem trilhões de perguntas sobre os mais diversos assuntos, como é que se treina um aluno a dar respostas? É nesse momento que eu sinto aqui aquela sensação de vergonha alheia, sabe? Que tipo de professor – DE HISTÓRIA! -, teria a coragem de afirmar que a compreensão da realidade que nos cerca, hoje, ontem, há séculos atrás, pode ser conquistada com “treino de respostas”.
É triste! É muito triste que os nossos jovens tenham a falta de sorte de se verem confinados em salas de aula que não constituem em nada aquele ambiente necessário ao desenvolvimento cognitivo, social e afetivo que figuram tão lindamente nos Projetos Pedagógicos de “Instituições de Ensino” que cobram verdadeiras fortunas anuais, para fornecer a seus “clientes” uma educação tacanha óbvia e ultrapassada.
É claro que é possível fazer crianças e jovens se apaixonarem por História, Línguas, Geografia, Matemática – qualquer coisa -, desde que se acorde para o fato de que algo que é apresentado sem paixão, não encanta ninguém.
Enquanto isso, enquanto abrem mão de suas valorosas missões educativas, essas escolas ensinam em seu currículo oculto a seguinte coisa: Pouco me importa o que você pensa, como você pensa ou porque pensa dessa forma. O que nos interessa é o resultado, o que nos interessa é que você reproduza bem direitinho o que lhe for ensinado. Essa escola está abrindo mão de seu papel na transformação do mundo, para assumir com maestria a arte de eliminar em seus alunos o desejo de aprender. Se isso vai continuar? Depende… Se a gente continuar engolindo… Vai!
Se você é fã de comédias românticas que fogem do óbvio, “O Casamento do Meu…
Uma história impactante e profundamente emocionante que tem feito muitas pessoas reavaliarem os prórios conceitos.
Um filme charmoso e devertido para te fazer relaxar no sofá e esquecer dos problemas.
O escritor Marcelo Rubens Paiva, autor do livro que inspirou o filme Ainda Estou Aqui,…
A produção, que conta com 8 episódios primorosos, já é uma das 10 mais vistas…
A Abracine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema) considera este um dos 50 melhores filmes…