A depressão é a doença que mais incapacita pessoas no mundo, e o número de diagnósticos não para de crescer. Interferindo no funcionamento geral do indivíduo, produz intenso sofrimento e aumenta o risco de morte devido ao suicídio e também a outras doenças (como problemas cardíacos, diabetes e até mesmo o câncer – por causa, em especial, da baixa adesão aos tratamentos).
Não existe ninguém blindado à depressão. Ela pode acometer qualquer pessoa durante qualquer estágio da vida, fato que torna importante conhecer o modo como a doença surge e se instala – para que, a partir daí, possamos freá-la logo nos primeiros sinais.
Em resumo, a depressão ocorre em decorrência de uma predisposição genética que é despertada perante circunstâncias da vida em que o melhor que o indivíduo consegue fazer não é o suficiente para livrá-lo do sofrimento ou levá-lo àquilo que deseja. Após ativada, ela causa diversos efeitos no organismo. Um dos mais relevantes, quando o assunto é a instalação da doença, refere-se à forma como a depressão altera nossas percepções do mundo.
Existem inúmeros estímulos à nossa volta, fato que torna necessário filtrar somente parte deles – do contrário seria impossível viver. Dentre todos esses, nossos órgãos do sentido captam alguns específicos que fazem parte de padrões restritos que vão sendo definidos durante nossa vida. Na depressão, nossos sentidos ficam incapazes (literalmente) de perceber quaisquer possibilidades de voltar a experimentar prazer e ter uma vida feliz; pelo contrário, só é possível ouvir e enxergar circunstâncias que confirmem o quão somos incompetentes, indignos de sermos amados e, por fim, um peso na vida dos outros.
Observando tais informações, tive a seguinte ideia: se o que mantém a depressão é a impossibilidade de enxergar circunstâncias nas quais o indivíduo possa voltar a encontrar o prazer em viver e, com isto, afunda-se cada vez mais em seu sofrimento, podemos agir antes de a depressão surgir. Daí nasceu a ideia da lista preventiva.
Em seus dias habituais, você muito provavelmente experimente boas emoções uma vez ou outra. Elas podem surgir ao encontrar alguém, ouvir determinada música, comer algo em especial e assim por diante. A ideia é simples: anote cada uma dessas coisas, da maneira mais específica possível, sempre que ocorrerem e guarde esses registros!
Agora vamos recapitular: se a depressão apaga as luzes, impedindo-nos de enxergar o caminho que nos levaria de volta à vida, a referida lista servirá como uma bela lamparina que, em meio à escuridão, nos permitirá rapidamente encontrar a porta de saída!
E como é que, na prática, utilizo isso tudo? É mais simples do que parece! Veja tudo que anotou e, em dias sombrios, pergunte para si: “qual dessas coisas é mais provável que eu consiga fazer durante pelo menos poucos minutos amanhã? ”. Feito isto, basta realizar a tarefa listada. Colocar-se novamente em movimento e voltar a experimentar boas emoções é uma ação que tem um poder muito maior do que você imagina.
E então, está pronto para criar a sua lista preventiva?
Imagem de capa: Julza/shutterstock
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