TESTE: Você sabe identificar um mentiroso?

O teste a seguir, elaborado pela americana Pamela Meyer, da consultoria Calibrate, especialista na detecção de mentiras, avalia a capacidade de uma pessoa perceber a dissimulação alheia. Responda sinceramente e veja se você é um bom identificador de mentirosos.

Para cada questão, anote a opção escolhida para, no final, ler o gabarito explicativo e ver os resultados gerais a partir do número total de acertos

1- Qual dos indicadores de mentira listados abaixo é o menos confiável?
a) Presença ou ausência de gestos ilustrativos
b) Qualidade vocal
c) Microexpressões faciais
d) Sorrisos falsos

2- Quando se pergunta a um mentiroso “Em que horário você saiu do escritório na tarde da última sexta-feira?”, é mais provável que ele:
a) Reproduza a pergunta inteira antes de responder
b) Repita algumas palavras da pergunta antes de responder

3- Um mentiroso vai evitar contato visual quando você lhe fizer uma pergunta. Essa afirmação é:
a) Verdadeira
b) Falsa

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4) Qual destes dois sorrisos é falso?

5) Quando alguém responde a uma pergunta com “Para dizer a verdade,…”:
a) Provavelmente fala a verdade;
b) Está mentindo ou omitindo algo

6- Como você deve elaborar um questionamento para evitar que o dissimulado lhe dê uma resposta defensiva?
a) Cite todos os fatos que você já sabe sobre a situação e todas as pessoas com quem já falou para que você entenda que você não cairá na ladainha
b) Pergunte diretamente por que ele se comportou de determnada forma
c) Pergunte o que fez com que ele agisse da maneira como agiu
d) Fique em silêncio e deixe que ele fale

7) Quando uma pessoa mente, os indicadores da mentira provavelmente estarão:
a) Nas palavras com que ela narra a sua história
b) No seu comportamento ao contar a história

8) Quais destas sete emoções são expressas da mesma forma em todo o mundo: raiva, tristeza, nojo, alegria, desprezo, surpresa e medo?
a) Todas
b) Raiva e desprezo
c) Tristeza e medo
d) Nenhuma

9) Geralmente, pessoas que contam uma mentira piscam involuntariamente mais do que quando estão falando a verdade. A afirmação é:
a) Verdadeira
b) Falsa

10) Qual das emoções abaixo se expressa de maneira assimétrica no rosto quando verdadeira?
a) Medo
b) Tristeza
c) Nojo
d) Alegria
e) Desprezo
f) Surpresa
g) Raiva

11) Se a pessoa se estende muito na introdução da história que conta, isso é indício de que:
a) É verdade
b) É mentira

12) Se a pessoa só consegue contar sua história em ordem cronológica, isso é indício de que:
a) É verdade
b) É mentira

13) Se alguém conta a história descrevendo expressões que revelam emoções, isso é indício de que:
a) É verdade
b) É mentira

14) Se a pessoa faz gestos ilustrativos ao contar uma história , isso é indício de que:
a) É verdade
b) É mentira

15) Se a pessoa acaba de contar a história fazendo um balanço de como aquilo a afetou emocionamente, isso é indício de que:
a) É verdade
b) É mentira

16) Se a pesoa conta o clímax da história com muitos detalhes, isso é indício de que:
a) É verdade
b) É mentira

Gabarito:

1) b)
A qualidade vocal é o indicador de mentira menos confiável por variar muito de pessoa para pessoa. Por exemplo, alguém pode gaguejar por ser gago, mesmo, ou por estar nervoso. Não por estar mentindo.

2) a)
O típico dissimulado repete o questionamento feito para ganhar tempo para preparar a sua história falsa e se recompor antes de contá-la.

3) b)
Quem não é honesto costuma intensificar ainda mais o contato visual por achar que isso o ajuda a convencer os outros.

4)b)
A principal dica é checar os olhos. No sorriso falso, os músculos que rodeiam essa região, chamados de orbitais, não são tensionados. O sinal mais importante é a falta dos pés de galinha, marca registrada de um sorriso verdadeiro.

5)b)
A frase “pra dizer a verdade…” geralmente é associada a embuste. Mentirosos usam afirmações como essa para tentar reforçar a aparente honestidade do discurso. Honestos não precisam enfatizar que dizem a verdade – os fatos falam por si.

6)c)
O segredo para conseguir respostas honestas, especialmente em entrevistas e interrogatórios, é evitar conflitos. Pedir à pessoa que explique a história, sem parecer julgá-la, e usando frases como “O que fez você fazer isso?” em vez de “Por que você fez isso?”, faz com que ela se sinta menos pressionada e a deixa propensa a dizer a verdade.

7)b)
Quem mente foca mais como descrever a história de maneira onvincente, pela fala, e acaba se esquecendo da linguagem corporal. Para interrogadores profissionais, as palavras representam só 7% da forma como as pessoas se comunicam, enquanto a linguagem corporal e outras informações não verbais contam 93%.

8)a)
São todas emoções universais, expressas com traços faciais similiares por qualquer indivíduo, independentemente de seus hábitos e do ambiente em que cresceu.

9)a) 
Apesar de a intensidade do contato visual não ser um indicador de mentira, vale ficar atento se o interlocutor começa a piscar em ritmo acelerado.

10)e)
A expressão de desprezo envolve apenas um canto da boca, que é puxado para cima, e não os dois, e outras características do rosto ficam assimétricas quando se compara um lado da face com o outro.

11)b)
O mentiroso incrementa a narrativa com detalhes insignificantes que antecedem o evento principal. Esses detalhes geralmente são verdadeiros, incluídos para aumentar a credibilidade e distrair o ouvinte.

12)b)
Geralmente as farsas são contadas estriamente de forma cronológica. Assim o desonesto consegue harmonizar todos os detalhes de sua versão, sem se contradizer.

13)a)
Os honestos se lembram do que sentiram enquanto contam a história, ao passo que os mentirosos evitam incluir esses detalhes na sua versão – por não terem sentido, de fato, as emoções que relatariam.

14)a)
Quem conta algo verdadeiro faz muitos gestos para ilustrar o que diz, ao contrario de um mentiroso, que esta tão focado na historia inventada que se esquecerá de falsear suas expressões corporais.

15)a)
Se for verdade, a pessoa provavelmente terminará seu relato com um epílogo que resume o evento e mostra como aquilo afetou. O mentiroso não gosta de prolongar sua história, por isso prefere terminar logo depois da parte principal.

16)a)
O evento principal da história é a pior parte para o dissimulado, por ser o momento decisivo, no qual ele convence ou não o outro interlocutor. Por isso, narrará a situação de forma geral e rápida.

Resultado:

Até 8 acertos: Você foi enganado!
Não se preocupe, a maioria se encaixa nesta categoria. Estudos científicos feitos com diversos primatas (incluindo humanos) indicam que a habilidade média de um homem em detectar mentiras é equivalente à de um chimpanzé.

De 9 a 11 acertos: Melhor que a média!
Se a maioria das pessoas detecta 54% das mentiras que lhes são contadas ao longo do dia, qum está nesta categoria intermediária atinge um índice de 67%.

De 12 a 15 acertos: Quase um profissional!
Se exercitar sua técnica durante uma hora por dia, sua habilidade melhorará de 25% a 50%.

16 acertos: Infalível!
Algumas enganações – principalmente as protagonizadas por atores e políticos treinados – podem passar despercebidas. Mas, neste nível, já se consegue perceber nuances que denunciam um dissimulado. Exemplo: os homens, afeitos a mentir oito vezes mais que as mulheres sobre seus próprios feitos, de modo a demonstrar suposto (e muitas vezes risível) sucesso.

Abaixo, para quem quiser saber mais sobre o assunto, uma palestra que Pamela Meyer deu para o TED:

Em um dia normal podemos ser enganados de 10 a 200 vezes. Mas como saber se alguém está mentindo para você? As pistas para detectar estas mentiras podem ser sutis e intuitivas. Pamela Meyer, autora de “Liespotting” (Detectando mentiras), mostra maneiras usadas por quem é treinado para reconhecer tentativas de engano. Ela também fala sobre como, apesar de tantas mentiras, a honestidade é um valor que ainda vale a pena preservar.
TED com Pamela Meyer: Como detectar um mentiroso

legendas em português

NOTA: A página divulga esse material com o objetivo de entreterimento. Só psicólogos, utilizando-se de materiais reconhecidos pelo CRP, podem usar testes como parte de uma avaliação diagnóstica confiável.

Fontes de pesquisa: Revista Veja, TED TALKS

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