Este ano me casei e, junto com minha esposa, percebi que conseguíamos viver com menos dinheiro. Isto é, poderíamos trabalhar menos — e em consequência, provavelmente, ganhar menos.
Eu sei que isso pode soar como dar um passo para trás. A convenção social diz que devemos trabalhar para ganharmos cada vez mais, não o contrário. O objetivo da maioria esmagadora da população é cortar atividades que não geram um potencial de ganho financeiro e focar onde o dinheiro está.
Terceirizamos tarefas mundanas como limpar nossas próprias casas, cuidar dos nossos jardins e, até mesmo, dos nossos filhos. O motivo é óbvio: estamos muito ocupados tentando ganhar mais dinheiro e não temos tempo para executarmos tarefas domésticas.
Sacrificamos nosso equilíbrio numa perseguição interminável ao dinheiro e o mais irônico é que quando o alcançamos, não temos tempo ou mesmo disposição para aproveitar os possíveis benefícios trazidos por ele. Compramos, compramos, compramos e engavetamos coisas — e sonhos.
Nossos trabalhos são distintivos de honra. Temos uma obrigação social em sermos bem sucedidos. Se alguém lhe perguntar “quem é você?“, provavelmente sua ocupação será dita após o seu nome, como se você fosse o seu trabalho.
E, veja bem: não há nada de errado com essas ideias. Muitas pessoas consideram esse tipo de vida como algo inteligente. Pessoas bem sucedidas financeiramente sentem-se bem ao receberem elogios por suas brilhantes carreiras. Esse tipo de coisa faz bem para o ego e dá uma sensação de que todo o esforço valeu a pena.
O ponto é que eu vejo as coisas de forma diferente. Eu tenho prazer em fazer as coisas do dia a dia. Eu quero ser capaz de reconhecer e apreciar o que me faz bem. Eu quero dizer “não” pra tudo aquilo que não faz sentido pra mim.
E pra chegar nesse equilíbrio entre vida pessoal e profissional — veja bem, eu trabalho pra caramba, não sou um vagabundo querendo que as coisas caiam do céu — aprendi maneiras de minimizar meus gastos para que possa tomar decisões relacionadas ao trabalho, ou seja, aprendi a colocar na balança se um “sim” para uma atividade que pode me dar algum dinheiro vale o benefício de sacrificar meu tempo livre.
Se você está nessa mesma vibe e também gostaria de precisar de menos dinheiro para viver, recomendo que continue lendo o artigo e preste bastante atenção nas dicas abaixo.
Se você está desempregado, talvez não tenha o suficiente para pagar suas contas. Então se apegue aos exemplos de como cortar gastos.
Para quem está empregado e na busca implacável ao dinheiro, sugiro que reflita: é possível que você esteja perdendo momentos importantes da sua vida por causa do trabalho? Se a resposta for sim, saiba que você poderia estar mais feliz e menos estressado se aprendesse a viver com menos.
Eu e minha esposa colocamos na ponta do lápis quanto precisaríamos ganhar por ano para pagarmos nossas contas, aproveitarmos a vida com coisas que gostamos e, ainda, guardarmos um pouco para o futuro. O montante foi bem menor do que imaginávamos.
Se você tem filhos, provavelmente seus gastos serão bem maiores do que os nossos. Porém, tire um tempo para determinar e calcular o que é realmente importante para você e sua família.
Aqui em casa não assinamos TV à cabo, compartilhamos um carro — me locomovo a maior parte do tempo de bicicleta — e temos apenas 1 televisor. Como passamos boa parte do dia conectados via Wi-Fi, não temos planos de telefonia — nossos smartphones são pré-pagos. No supermercado, estamos sempre em busca de promoções. Roupas? Faz tempo que não compramos nada, apenas o extremamente necessário — e nada de grifes famosas.
São essas escolhas que nos permitem gastar nosso dinheiro em coisas que realmente são importantes pra gente, como viagens ou mesmo serviços que alguns podem achar supérfluos, como Netflix e Spotify — mas que nos trazem prazer. O erro, em nosso caso, seria ter despesas desnecessárias enquanto utilizamos esses serviços.
Ter uma vida social é algo fundamental dentro deste equilíbrio entre vida pessoal e trabalho. A questão é que descobri que um dos grandes desafios para se gastar menos é ter que dizer “não” para amigos e familiares. Percebi que se eu esperar por convites, a probabilidade de sairmos para um local onde gastaríamos um alto valor é grande.
Porém, ao tomar a iniciativa de fazermos os convites, podemos sugerir lugares baratos ou mesmo um jantar em casa — naquele esquema “traz a bebida que faço a comida“. É uma ótima maneira de economizar e apreciar as coisas simples ao mesmo tempo.
Numa sociedade altamente consumista, talvez o ponto mais difícil. É muito tentador determinar o que você precisa baseado no que os outros têm. “Fulano comprou tal carro. Ciclana tem uma bolsa de tal marca“. Uma coisa que me ajuda antes de comprar algo é me perguntar: “eu realmente preciso disso ou vou comprar porque está na moda?”.
Em outras palavras, pare de se importar com etiquetas e marcas. Fazendo comparações fora do senso comum você consegue ter mais clareza sobre aquilo que realmente é importante para você.
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