A maioria de nós passa a adolescência fazendo atividades típicas da adolescência. Isso inclui focar em obter bons resultados na escola, sair com nossos amigos e começar lentamente a encontrar nosso lugar no mundo. E assim, sob a proteção de nossos pais, experimentando gradativamente as liberdades e as exigências da independência da idade adulta.
Mas nem todas as pessoas vivem sua adolescência assim. No caso de Laura Dekker, uma jovem de origem holandesa, nascida na Nova Zelândia, as coisas eram bem diferentes.
Por diferente não queremos dizer que Laura teve uma adolescência ruim, pelo contrário, ela teve tanta liberdade que enfrentou sozinha as temíveis ondas do mar aberto.
Com apenas 14 anos, Laura decidiu que o que queria fazer da vida era sair para dominar as ondas em seu próprio veleiro.
Mas não era tão simples assim, ela não pôde realizar seus planos por um motivo simples: o Estado Holandês, ao qual ela respondeu como cidadã, não permitiu que uma menor saísse sozinha para enfrentar as ondas em tão tenra idade.
Apoiada pelos pais, Laura enfrentou legalmente o estado de seu país, ganhando assim o direito de sair para enfrentar os sete mares.
Uma vez nas ondas, Laura percebeu que nem tudo era tão simples como ela pensava:
“Todos os meus sentimentos estavam desordenados. Gosto muito de velejar e de tudo ao meu redor, mas, por outro lado, sinto falta do meu pai. Eu perdi minha casa. Não consegui comer nada por dois dias, simplesmente não consegui digerir, realmente me senti muito estranha”, relatou Laura Dekker na época da aventura.
Laura possui um blog, onde ela contou toda a sua experiência e colocou suas emoções online, juntamente de algumas dicas, como içar as velas ou encontrar o caminho correto, por exemplo.
Finalmente ela conseguiu contornar os mares que queria, percebendo que uma vida nômade nas ondas era o caminho certo:
“Essa jornada que fiz quando era adolescente me deu os pilares de que precisava na vida. Meu pai e o oceano são os melhores professores que já tive. No oceano aprendi a parar de lutar contra tudo: a vida nem sempre é justa e nem as ondas e o vento sempre fazem o que eu quero. Por isso aprendi a aproveitar ao máximo e a aceitar a situação como ela é, a ser feliz com o que tenho no momento e a respeitar e valorizar o que me rodeia “, conta Laura Dekker em seu site.
Laura é uma menina e, hoje, uma mulher determinada, que não desistiu de encontrar o seu caminho!
Instagram: @lauradekkerworldsailing
Com informações de UPSOCL