Em 1913, crianças foram enviadas pelo correio. Com selos colados às suas roupas, as crianças iam de trem para os seus destinos, acompanhadas por carteiros. Na época, um jornal informou que pelo custo de cinquenta e três centavos era possível que pais enviassem seus filhos para os avós para uma visita familiar, por exemplo.
Como as notícias e fotos apareceram em todo o país, não demorou muito para que surgisse uma lei ilegal proibindo o envio de crianças através do correio.
A garotinha americana May Pierstorff foi enviada via Correios pelo pai, em uma história tão inacreditável que acabou virando um livro infantil. A menina de cinco anos estava dentro do limite de peso para encomendas no período e, por falta de regras específicas, os funcionários aceitaram transportá-la com as outras correspondências no trem dos Correios, em 1914. O “pacote”, cujo envio custou U$ 0,15, nos valores da época, chegou são e salvo à casa da avó.
O caso é famoso, mas, surpreendentemente, May não foi a primeira criança transportada como encomenda pelos Correios dos EUA. Um bebê de 5 quilos foi despachado algumas semanas antes, no estado de Ohio. O envio também custou U$ 0,15, e os pais ainda fizeram um seguro, no valor de U$ 50,00, pela “mercadoria”. Alguns dias depois, uma menina, filha do casal Savis, foi enviada pelos Correios na Pensilvânia (EUA).
Antes que a moda se consagrasse, os Correios dos EUA editaram uma norma proibindo o transporte de pessoas. Em 1915, o envio de crianças por encomenda foi definitivamente proibido.
Fontes: Blog Correios, Saving Lincoln
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