Se aprendi algo nos últimos anos foi a não desrespeitar a minha jornada. A não repelir sentimentos, experiências e todos os possíveis desdobramentos que posso vivenciar. Sejam ganhos ou perdas, dê valor ao caminho que te acolhe. Não afaste-se da sua honestidade, do seu querer, da sua paz de espírito. Dessa forma, não importa o que virá pela frente, você terá coragem para sorrir e receber o melhor da vida.
O medo faz parte. A dor faz parte. Mas ignorá-las ou imaginar existir algum tipo de proteção emocional contra esses baques da vida, não passa de uma ingênua fábula. Nem sempre as coisas funcionam. Nem sempre esbarramos com os melhores encontros. O importante é não esmorecer, não abandonar o barco. O quanto antes entendermos que ausências são naturais, mais cedo saberemos como lidar com os opostos. Reclamar do caminho é se esquecer da linha de chegada.
Mantenha a fé. Chore, caso precise. Grite, caso esteja necessitando de fôlego. Mas também ame. Também dê gargalhadas. E sem deixar o coração criar uma camada impenetrável, viva. Conceba a sua própria lei da felicidade. Palavras têm poder. Agregue mais e acomode-se menos. Busque, incessantemente, a plenitude que sempre desejou.
Talvez o grande mistério da vida não esteja nas incontáveis tristezas que passamos, e sim nos instantes em que sobrevivemos. Nas tantas vidas que tocamos, deixamos lembranças, saudades e poesias. E tudo isso tem a ver com o caminho te acolhe. É a visão e o pertencimento naquele presente que nos coloca mais próximos da verdadeira receptividade.
A maior demonstração de sintonia que podemos exercer é não deixar de caminhar. Nunca.
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