Deixe para trás todos aqueles sentimentos que insistem em querer ficar para maltratá-lo. Sentimentos ressentidos, amargos, ressequidos pela raiva que, às vezes, você mesmo tenta segurá-los, cautelosamente, como se fossem água preciosa, dentro de um balde e que cuida para que nenhuma gota se perca.
Deixe para trás, não alimente nem permita que suas lágrimas adubem com vigor as tristezas e decepções que um dia sentiu.
Faça-as perenes, passageiras e pontuais. Retire o ferrão o mais rápido que você conseguir; não guarde e nem espere que esses sentimentos possam lhe tornar mais forte ou que possa ser o antídoto para sua dor.
O antídoto para qualquer dor psíquica é o amor.
O amor que nasce com vigor de suas entranhas, e que deve ser ofertado, generosamente, de forma gratuita.
Mas, cuidado, não se engane! Deixar para trás não é colocar uma pá de cimento sobre o sofrimento. Não é aprisioná-lo vivo, pois ele latejará, continuamente, dentro de você. Como canta Fagner: “Sentimento ilhado, morto e amordaçado volta a incomodar”.
Calar e resignar-se não é a melhor solução. Deixar para trás é caminhar rumo a novos horizontes que se abrem à sua frente; é tomar distância cada vez maior daquela fenda, daquele estrago, que um dia lhe fez mal.
Buscar o entendimento em relação ao acontecido é não esquecer que a abelha, que tem o ferrão, também dá o mel. Procure por ele! O aprendizado de tudo o que lhe aconteceu é o mel: multiplique a sua produção.
Difícil? Sim! Mas quem lhe disse que a vida é fácil?
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