Por Valéria Amado
Não viva dando explicações para cada coisa que você faz: essa é uma fonte de estresse desnecessária. Não há necessidade de justificar o seu jeito de ser a quem já julga você por ser diferente, por ser único. Quem o ama o respeita. Portanto, evite cair na cultura do “o que vão dizer” e proteja a sua intimidade e as suas crenças.
Uma coisa que caracteriza a sociedade atual é que existem padrões para tudo: desde o aspecto físico até o que se considera “biologicamente” normal, como se casar, ter filhos, etc. A pressão social e inclusive familiar nos obriga frequentemente a ter que dar explicações para cada coisa que fazemos (ou que decidimos não fazer).
Pratique a liberdade pessoal e a arte da assertividade. Deixe de dar explicações sobre tudo o que você faz: quem gosta de você não precisa disso, e quem não respeita você entenderá o que quiser.
Uma coisa importante que deveríamos começar a fazer hoje mesmo é refletir sobre o número de vezes em que nos justificamos perante os outros. Fazer isto em excesso é cair em incoerências, sofrimentos e custos desnecessários. Você é o seu próprio juiz e tem direitos assertivos para dizer: “não, não vou dar-lhe explicações porque isso não lhe diz respeito em absoluto”.
Um artigo interessante publicado no espaço “Psychology Today” explica que precisamos aprender a enfrentar a todas essas pessoas que se atrevem a questionar as nossas “decisões vitais”.
– Como você ainda não se casou?
– Quando você vai tomar jeito e encontrar um bom trabalho?
– Por que vocês não tem outro filho?
O mais complexo destas situações é que os juízes que valorizam as nossas decisões ou “não ações” são precisamente os parentes mais próximos, por isso a pressão e a sensação de estresse são mais elevadas.
Para compreender um pouco melhor as fontes de sofrimento mais comuns, é preciso considerar estas dimensões com as quais todos podemos nos sentir identificados.
-Um erro muito comum no qual costumamos cair é que nos condicionamos pela estressante necessidade de projetar a nossa existência procurando agradar os outros (e em especial as nossas famílias).
-Outro aspecto a considerar é que há quem tenha feito da sua vida pessoal uma tribuna pública, onde cada atitude, escolha ou pensamento precisa ser dito em voz alta para encontrar aceitação. É algo que vemos com frequência em nossas redes sociais: um “curtir” é um reforço positivo com o qual a gente se sente bem logo depois de publicar um pensamento ou uma foto.
-O medo do “o que vão dizer” continua muito presente atualmente. Há quem sinta a necessidade de justificar cada coisa que faz para não “quebrar” esse círculo de controle, onde agir ou não dar explicações é ser apontado como diferente.
Aplique na sua vida a seguinte regra: faça as coisas em vez de falar delas, porque as coisas, ao serem feitas, falam por si mesmas e não precisam de explicações.
Um estudo realizado na Universidade de Ohio (Estados Unidos) e publicado na revista “Behavior modification” explica que o simples fato de desenvolver e aplicar estratégias assertivas melhora a nossa saúde e a qualidade das nossas relações sociais.
Todos nós temos direitos assertivos, isto é, você pode e deve ter as suas próprias opiniões e crenças, com direito de avaliar os seus sentimentos e condutas, e de aceitá-los como válidos mesmo que os outros não concordem ou não os aceitem.
Agora… Como internalizar e aplicar estes pilares à nossa realidade mais próxima? Convidamos você a tomar nota:
-Você tem direito de dar ou não dar explicações: os verdadeiros responsáveis pelo que fazemos, sentimos ou escolhemos somos nós mesmos. Se as pessoas gostam de você e o respeitam, não precisam das suas justificativas.
-Estabeleça os limites de forma diplomática: quando, por exemplo, um familiar insiste em ouvir uma explicação sobre algo que não lhe diz respeito, coloque os limites com cortesia e use sempre frases curtas: “é a minha decisão”, “porque eu gosto assim”, “porque estou contente com a minha vida”.
-Reconheça que, às vezes, dar explicações não serve para nada: é algo que devemos aceitar porque há aqueles que entendem o que querem, e com frequência a demanda de uma explicação já é por si só uma crítica ou uma forma de humilhação. Aprenda a ignorar as críticas vazias e não se estresse. Evite o sofrimento inútil.
Antes de dar uma explicação, pense se o que você vai dizer irá contribuir para melhorar alguma coisa, solucionar ou prevenir algo de fato. Se não for assim, não se preocupe, sorria e limite-se a guardar silêncio.
TEXTO ORIGINAL DE A MENTE É MARAVILHOSA
A ex-dançarina do 'É o Tchan' resolveu remover o ácido hialurônico aplicado em seu rosto…
O icônico poste listrado giratório presente na entrada das barbearias carrega um simbolismo que poucos…
Uma série perfeita para maratonar em um fim de semana, com uma taça de vinho…
Alerta Lobo ( Le Chant du Loup , 2019) é um thriller tenso e envolvente…
Uma nova atração turística promete movimentar o turismo nas divisas entre o Rio de Janeiro…
O Detran de Goiás (Detran-GO) divulgou uma informação curiosa que tem gerado discussão nas redes…