O mundo em que vivemos tornou muito mais fácil conviver com algumas dificuldades: a cegueira, por exemplo, que quando ocorria no passado, significava ter que viver uma vida insuportável. Para alguns, a vida é fácil, para outros, mais difícil. Não importa quanto trabalho duro você faça, sempre haverá um pouco de sorte envolvida. Por isso, a busca por tecnologia e ciência é conseguir o controle das variáveis, para que possamos combater a má sorte de algumas pessoas.
Casos como o de Mary Sedgwick -que nasceu com todos os sentidos, mas que começou a perder sua vista enquanto estudava na universidade- nos servem muito para perceber que todos podemos ter uma tragédia como a dela, nos fazendo refletir sobre as oportunidades e visões de futuro que temos atualmente.
Para viver o seu dia-a-dia, Mary depende de Lucy, uma cadela Labrador que serve como guia. A cachorra entrou na vida de Mary depois que ela perdeu a visão, portanto, ela nunca viu a aparência sua parceira. Isso não as impediu de criar um relacionamento mais próximo e uma conexão incomparável, afinal, não há atividade para fazer ou lugar onde Mary decida ir em que sua querida Lucy não a acompanhe.
Por isso, quando o marido de Mary propôs que ela tentasse uma nova peça de tecnologia, Mary rapidamente escolheu ver como sua companheira era. Ela se lembrava de muitas coisas no mundo, mas nos oito anos desde que perdeu a visão, ele conheceu muitas novas que estava morrendo de vontade de olhar com seus olhos.
Usando lentes equipadas com uma câmera que grava o ambiente em tempo real e as transmite a uma velocidade que os olhos de uma pessoa cega são capazes de capturar, Mary pôde ver novamente o que ela tinha à sua frente. Incluindo, é claro, sua guia Lucy.
O que mais surpreendeu Mary foi olhar seu cachorro nos olhos. Veja a intensidade e o amor que seu olhar transmitia. Graças à tecnologia, até os cegos podem ver… nada é impossível.