Todo mundo quer ser feliz, saudável, bem-sucedido, não é mesmo? Apesar da grande oferta de livros que ostentam títulos de motivação, do tipo você pode, até reprimendas mais incisivas, do gênero você consegue se quiser, nada acontece de forma automática. Felicidade não é suco em pó, não vem pronta, não é só dissolver em água, mexer e está pronta. Se houvesse fórmula para a felicidade, bastava comprar um manual que seria vendido em bancas de jornais e supermercados, mas como cada um sente, pensa e deseja à sua maneira, precisa descobrir a própria receita.
Há orientações básicas de cuidado, que incluem hábitos que podem ser cultivados no dia a dia. Mudanças de comportamento, como cuidar da alimentação, praticar exercícios, dormir bem, parar de fumar e evitar o abuso de álcool, são necessárias para uma vida de qualidade. Uma alimentação equilibrada e saudável, com aumento da ingestão de alimentos naturais e frescos e diminuição do consumo de gorduras, sódio e açúcar, encontrados em grandes quantidades em produtos industrializados, previne contra males como obesidade, hipertensão e diabetes, entre outros.
A prática de exercícios físicos traz benefícios não só ao corpo, mas também à mente, por ser responsável pela liberação de substâncias que dão sensação de bem-estar. E, aliada à alimentação balanceada, combate aqueles indesejáveis quilos extras. O tabagismo, além de comprovadamente provocar doenças em quem fuma, prejudica as outras pessoas, os chamados fumantes passivos. O consumo regular e/ou abusivo de álcool tem consequências nocivas, que vão do desenvolvimento de doenças, mau rendimento no trabalho e perda de emprego, problemas de relacionamento e familiares até envolvimento em situações de risco, violência, crime e questões legais.
No aspecto emocional, é fundamental cultivar uma atitude otimista diante da vida. O pessimismo só faz piorar as perspectivas, funciona como lente de aumento, tornando o sofrimento muito maior do que é. Autoestima, assertividade, fé (termo que vem do latim fides, que significa confiança, que vai além do sentido religioso) favorecem o desenvolvimento de uma estrutura psicológica capaz de enfrentar os reveses e dificuldades a que todos estão sujeitos. Mas, como canta Tom Jobim, “é impossível ser feliz sozinho”, o que leva a outro fator da equação para experimentar saúde física e emocional, que é ter vida social ativa.
Ter amigos traz benefícios psicológicos e físicos, melhora o humor e a produtividade no trabalho, ajuda a diminuir o estresse, previne doenças, fortalece o sistema cardiovascular, ou seja, faz bem ao coração, literal e metaforicamente. Amigo é o parente que a gente escolhe, espécie de família estendida. Pesquisa feita pela Universidade de Brigham Young, nos EUA, concluiu que a amizade, além de contribuir para a longevidade, aumenta em 50% a taxa de sobrevivência de um indivíduo diante de adversidades à saúde mental e física. O mesmo estudo informa que a falta de amigos é tão prejudicial quanto o alcoolismo, o tabagismo ou a obesidade.
Então, que tal começar a traçar um plano para ser feliz?