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Desvie sempre das pessoas bélicas!

Sabe aquela pessoa que, ao invés de ser reconhecida por alguma virtude, é conhecida e temida por seu “pavio curto”?  De repente ela acha isso o máximo, se vangloria e se admira por estar sempre alerta e pronta para uma acalorada discussão. Pessoas como essa, já acordam caçando briga, não sossegam enquanto suas jugulares não saltam, nem tampouco enquanto seus hipotéticos inimigos não são vencidos. Se houver reconhecimento de razão então, é a glória!

Pessoas bélicas, que vivem montadas em seus canhões, atirando para quem ousar contrariar. Pessoas que roubam a espontaneidade alheia, que promovem o desconforto e mal estar, que brigam por razões ridículas, roubam o direito de resposta dos outros, atacam, ofendem, agridem…

Se não vamos conseguir mudar uma pessoa dessas, já que ninguém muda ninguém, muito menos um bélico,  como fazer para minimamente conviver e escapar dos tiros e estilhaços? Como reagir diante de uma criatura que vocifera ao invés de argumentar, que lança xingamentos, que gesticula de forma intimidadora, que defende suas opiniões com tirania?

Correr para as montanhas não é uma opção, então, se a gente tantas vezes precisa conviver com essas soldados da ira, meu palpite é que evitemos ser alvo fácil, como os patinhos no parque de diversão. O melhor é se mexer, não se esconder, ao contrário, aparecer, mas sem motivação alguma para uma discussão. Se você não quer briga, não haverá briga. Nada te tira do sério quando você sabe que não vale a pena sair do sério. Deixe o briguento brigar, deixe gritar, deixe que ele ouça a sua própria voz, sozinha no ambiente; Não retribua com nada, nem mesmo um sorriso. A indiferença é um escudo inabalável para casos como esse. O ser bélico quer vitórias e honras. Mas se não há com quem lutar, ele vira um personagem, uma caricatura, um show man procurando o seu público.

A vida já é por demais cheia de batalhas e dificuldades para que tenhamos tempo e disposição para ser saco de pancadas alheio. Saiamos pois, da reta e do campo de visão dos franco atiradores. Há muito mais gente no mundo com vontade de trocar gentilezas, do que começar a terceira guerra mundial. Paz!

Emilia Freire

Administradora, dona de casa e da própria vida, gateira, escreve com muito prazer e pretende somente se (des)cobrir com palavras. As ditas, as escritas, as cantadas e até as caladas.

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Emilia Freire

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