Uma diarista de 54 anos foi à Polícia Civil na última segunda-feira (9) denunciar um cliente que a ofendeu depois que ela o avisou que não poderia trabalhar no dia combinado. O caso ocorreu em Anápolis, a 55 km de Goiânia.
“Tenho ódio de me misturar com gentalha como você. No dia que eu te ver na rua, gentalha, vou cuspir na sua cara”., disse em áudio o cerimonialista Valeriano Pinto Coelho Filho, de 59 anos, na sexta-feira (6).
Confira abaixo a transcrição dos áudios trocados entre Valeriano Filho e a diarista Maria José de Souza Marques:
Maria José: “Valeriano, não vou poder ir. O homem me ligou agora e estava me arrumando para ir para sua casa. O mocotó lá acabou e eu tenho que descer para fazer. Infelizmente, não vou poder ir, me desculpa aí. Tenta arrumar outra pessoa, tá bom?.”
Áudio resposta enviado por Valeriano Filho: “Com certeza vou arrumar outra pessoa. Pessoa digna de frequentar minha casa e limpar as minhas sujeiras. Você não é digna de limpar nada. Para mim, você não passa de um lixo. No dia que eu te ajudei com aqueles tijolos, foi por causa do [Nome de homem]. Dá vontade de ir aí e quebrar tijolo por tijolo na sua cabeça. Vai fazer mocotó que é comida de pobre. Isso que você sabe fazer. Tenho ódio de me misturar com gentalha como você. No dia que eu te ver na rua, gentalha, vou cuspir na sua cara. Não cruza meu caminho. Se você não tem hombridade de honrar seus compromissos, eu tenho”.
Em conversa com o G1, o cerimonialista alegou que conhece Maria José, a quem chama de “Zezinha”, há 15 anos e que a ajudou em várias ocasiões.
“Posso ter pego pesado no áudio mesmo porque estava muito irado. Mas todas as vezes que ela batia na minha porta, ajudava ela. Não é a primeira vez que brigamos por causa do não cumprimento da parte dela para comigo”, disse Valeriano Filho.
Já Maria José alega que não tem amizade com Valeriano e que trabalhou em sua casa em algumas ocasiões. “Não sou de casa como ele diz. Ele não pode falar assim com uma faxineira. Não tem o por que ele fazer isso comigo ou com qualquer outro ser humano que tem convívio com ele”, desabafou a diarista.
De acordo com a Polícia Civil, o boletim de ocorrência foi registrado e a corporação aguarda a representação criminal por parte da diarista para investigar o caso. Segundo Maria José, uma advogada está responsável por essa parte do processo.
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Redação Conti Outra, com informações de G1.
Foto destacada: Foto: Maria José/Arquivo Pessoal.
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