A mineira Mila Garro é um ótimo exemplo de alguém que agarra com as duas mãos as oportunidades que lhe são oferecidas e transformam a própria realidade. Ela acreditou muito no próprio sonho e acabou construindo um verdadeiro império em solo estrangeiro.
Aos 20 anos, Mila resolveu se mudar para os Estados Unidos mesmo sem dinheiro – ela só pôde viajar graças a tia, que emprestou a quantia necessária para pagar a passagem. Após pisar na terra do Tio Sam, ela teria que enfrentar mais uma dificuldade: conseguir se manter em outros país com seus escassos financeiro. Mas, felizmente, a intervenção de um “anjo” mudou o rumo da história.
“Minha avó me ofereceu US$ 2 mil e eu recusei na hora, mas ela escondeu o dinheiro na minha mala. Não vou mentir, esse dinheiro ajudou, eu estava indo com alguns trocados, com necessidade de arranjar emprego no dia seguinte. Com esse dinheiro pude alugar um quarto, pagar minha tia, enfim […] No terceiro dia, já estava empregada. Minha tia me indicou para uma mulher da igreja que precisava de faxineira”, contou.
A partir daí, a brasileira passou a encarar uma rotina de trabalho bastante pesada, trabalhando das 5h às 22h. “Mas estava feliz e ganhando dinheiro”, ela recorda.
Segundo Mila, as empregadas domésticas nos Estados Unidos são valorizadas e o “chefe” é visto apenas como um cliente. “Eu me descobri na limpeza, aqui as domésticas são valorizadas, não tem isso de limpar e cozinhar. Se quiser comida eles contratam um chef. Além disso, eu notei que a limpeza que faziam aqui era muito fraca, por cima, sabe? Então trouxe a faxina brasileira para o meu serviço, essa coisa de levantar móveis, arrastar itens do lugar, tirar o pó na superfície e embaixo […].”
Pouco a pouco, ela foi percebendo que seu “diferencial brasileiro” nas faxinas fazia muito sucesso, então ela resolveu abrir o próprio negócio. E a decidão não podia ser mais acertada! Atualmente, Mila fatura R$ 13 milhões ao ano e conta com uma equipe de 40 funcionárias. São cerca de mil clientes atendidos pela empresa.
Apesar do sucesso alcançado, Mila garante que não foi (e nem é) fácil: “Por trás dos resultados existem sacrifícios que as pessoas não veem”, desabafa.
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Redação Conti Outra, com informações de Refletir para Refletir.
Fotos: Reprodução.