As redes sociais podem se prestar a muitas coisas, mas há momentos em que elas também servem para descobrir realidades que, muitas vezes, são ignoradas ou consideradas impossíveis de existir em algum lugar do mundo.
Foi o que pensou Yanina Alfaro, uma mulher argentina que, através de uma rede social, revelou que leva uma vida de luxos e viagens com um trabalho que pode ser mal visto ou até ser objeto de preconceito: o de uma trabalhadora doméstica.
Yanina foi entrevistada pelo portal Infobae, ao qual revelou que por mais de 10 anos teve que lutar contra o preconceito pelo fato de ser uma diarista. Até mesmo seu ex-marido escondia o trabalho dela.
E tudo tem valido muito a pena pois, ao longo do tempo, Yanina foi capaz de aproveitar ao máximo seu trabalho e agora viaja constantemente graças ao seu salário. Yanina fica em hotéis luxuosos e até já visitou Miami e Disneylândia, nos Estados Unidos.
“Não são apenas quatro horas de trabalho que eu faço. São 12 horas por dia, das 7h às 19h”, disse ela.
Yanina ganhou vários seguidores nas redes sociais por mostrar sua vida íntima e suas viagens. “O que eu notei é que as garotas que limpam casas me seguem. Eles dizem que eu “inspiro”. Vários me perguntaram como eu consegui meu primeiro emprego.
Segundo a diarista, as pessoas nas redes sociais vêem como algo “estranho” que ela consiga ganhar tanto dinheiro com seu trabalho. De fato, ela recebeu comentários ruins e foi acusada de viver dos subsídios estatais, o que na Argentina é conhecido como “planera”.
“Então comecei a mostrar como a ‘planera’ que me levanto às cinco da manhã para trabalhar. Um pouco por raiva mostrei minha rotina porque eles me deixaram cansada. Na Argentina, se você está se divertindo é porque é um planero, nunca será por causa do trabalho”, disse ela.
Yanina acrescentou que a base do seu sucesso como diarista é o esforço que ela tem que fazer dia após dia. “Para me divertir como eu quero, tenho que me levantar às cinco da manhã, porque ninguém vai me dar nada de graça. Eu acordo cedo e depois me dou uma semana no hotel mais caro de Ushuaia”, enfatizou.
A coisa mais tranquilizadora na sua vida é saber que seus filhos são adultos e que ela foi capaz de criá-los com seu próprio esforço.
“Eu administro meu próprio tempo aqui. Se eu não vou trabalhar, não é a morte de ninguém. Eu não cuido de crianças. Se um dia eu não for fazer faxina, nada acontece. Se eu ficar doente, nada acontece. Se eu tiver que tirar um dia de folga, não há problema. Se eu quero umas férias, menos ainda. E além disso, eu sou bem paga”, disse ela.
Com relação às jovens que lhe pedem conselhos nas redes sociais, Yanina disse que ela está sempre aberta a aconselhá-las, mas que elas têm que ter clareza de que têm que fazer um esforço. “Elas não estão psicologicamente preparadas para o trabalho (…) Em Buenos Aires você sempre pode fazer algo. Nunca me faltou trabalho. De fato, eu tenho trabalho até demais”, concluiu.
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Traduzido e adaptado do original upsocl
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