O isolamento social, medida imposta em boa parte do mundo desde que o novo coronavírus se tornou uma grave ameaça, tem proporcionado uma oportunidade única para que todos nós façamos uma autoanálise e localizemos coisas ou situações em nossas vidas que já “não servem mais”, seja um antigo hábito que agora sabemos que tem nos feito mal, um móvel desnecessário na casa, o excesso de roupas que nunca são usadas, ou mesmo um relacionamento amoroso que já não funciona tão bem.
Na Espanha, os casais que chegaram à conclusão de que precisam seguir caminhos separados podem contar com uma inimaginável facilidade. Foi posto em circulação no país após a quarentena um curioso veículo que promove divórcios rápidos, em menos de 24 horas.
Embora esteja em operação há mais de um ano, o veículo apelidado de “divorcionete” está obtendo grande sucesso após o confinamento devido ao considerável número de pedidos de divórcio que surgiram neste período.
A divorsionete é personalizada com uma decoração divertida que em nada lembra os lugares burocráticos e sem atrativos onde costumam ser feitos os divórcios tradicionais, e ainda conta com um alto-falante, que possibilita que uma gravação ofereça em alto e bom som pelas ruas da cidade o seu serviço de divórcio sério, eficaz e de baixo custo, que promete terminar casamentos em no máximo 24 horas.
“Com a ‘divorcionete’, possibilitamos, democratizamos e normalizamos o divórcio. O que seria frívolo é propor que um casamento seja mantido quando não for viável. O divórcio não é um capricho, é uma necessidade”, disse Alberto García, chefe da empresa responsável pelo serviço, depois das críticas que recebeu por terminar superficialmente um casamento.
Ao contrário do que se pode imaginar, o divórcio promovido pela divorcionete não é um espetáculo, em que as pessoas dão fim ao seu casamento em cima do veículo. Trata-se apenas de uma separação rápida, sem tanta papelada se houver um acordo mútuo entre as partes envolvidas.
Em relação aos preços, se o acordo for mútuo, é de 150 euros por cônjuge , ou seja, pouco menos de 900 reais. Se não houver tal acordo, o valor imediatamente aumenta para 1500 euros,o equivalente a quase 9 mil reais. E a única razão que Garcia dá para justificar os preços baixos é que eles “cobram menos, mas tem um grande volume de clientes”.
Alguém ficou com vontade de chamar o “divorciado” agora?
***
Redação Conti outra. Com informações de upsocl