E eu fui me soltando da necessidade de querer ser amada. Fui entendendo a distância que me separava e fui medindo meu tamanho com o tempo.
Quando me reconheci gigante entendi que não eram as pessoas que me diminuíam, era eu mesma que me colocava em lugares que não me cabiam.
Eu fui vivendo diversos tamanhos até que permiti minha existência apenas ser na sua totalidade. Sem apegos, carências e expectativas.
Me libertei delas! No momento, estou neste lugar.
Não foi fácil me soltar dessas armadilhas!
Sempre achei que precisava de alguém para me amar, para então eu me sentir amada.
Achava que a não atenção era um problema meu e procurava meus defeitos em meio a tantas qualidades.
Ainda bem que fui percebendo que o amor que julgava ser essencial e completo não era nada além de uma provocação para o meu reencontro.
Me fez virar a esquina e voltar para meu centro.
Me fez ver que posso estar completa sem precisa depender das gotas de atenção.
Não é necessário forçar, é preciso saber fluir.
Se tem necessidade de ser é porque já não é mais;
E então, alguns amores foram me ensinando que não preciso deles…
Amores que me ensinaram a não ser como eles e reconhecer minhas faltas comigo mesma.
Soltei…
Permiti fluir! Sem pressão nem imaginação.
Bloqueei pensamentos loucos e me afastei dos sentimentos insanos.
Fui percebendo que tudo era cocriação.
Fui encontrando um refugio quente e caloroso em meu ser.
Permitindo me aconchegar nos meu recônditos. Me abrigar.
E nesse lugar, fui apenas observando: pensamentos, sentimentos, respiração, olhares, novos olhares…
Fui vendo que estava limitada… Limitando meu ser
gigantesco a uma ideia condicionada! A um amor fracassado.
Fui respirando, ampliando, expandindo…
Hoje me vejo gigante frente a um passado tão pequeno e ranzinzo. Tão teimoso e cheio de mania.
Confesso que por vezes minha mente brilhante e sabotadora quer me levar para aquele lugar inóspito, mas então eu olho bem para esse mente e expresso “aqui não mais, quem manda é meu coração. sossega Leão!”
E é assim que vamos domando pensamentos e emoções. Colocando cada um no seu lugar com amor.
Compreendendo que somos um banco de memórias ambulantes, trocando experiências.
Sou intensa e amorosa, mas não presto mais para corações rasos e mesquinhos.
Quanta covardia encontrei em corações egoístas. Talvez eles ainda não tenham se dado conta da profundidade do amor.
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