Há determinados momentos em que podemos nos sentirmos sozinhos, mesmo cercados de pessoas. Estar com os outros não significa estar conectado com eles. Por exemplo, em uma festa em que não nos encaixamos, não só nos aborrecemos mas como também podemos nos sentir excluídos. Mais cedo ou mais tarde a festa chegará ao fim e tudo terminará ali. Voltaremos para nosso lugar e buscaremos nos desfazer daquelas sensações ruins.
O problema fica maior quando as pessoas com quem nos relacionamos no dia a dia, aquelas que compartilhamos mais nossas intimidades, fazem a gente se sentir sozinho. Se não nos damos conta dessa solidão acompanhada a tempo, ou simplesmente desconhecemos como acabar com essa situação, seremos tomados por um enorme vazio e sofreremos feridas emocionais difíceis de curar.
Costumamos acreditar que ao encontrar um relacionamento ou ter um filho, nunca mais nos sentiremos sozinhos. Mas não é sempre assim. O tipo de relação estabelecida e os conflitos instalados ao longo do tempo pode fazer que, mesmo acompanhados, nos sintamos sozinhos e incompreendidos. Podemos passar anos sem pensarmos de onde vem essa sensação sem fazer nada pelo assunto. O nosso equilíbrio emocional, então, se deteriora fortemente.
A boa notícia é que é possível esta situação piore, basta que saibamos reconhecer os sinais indicando que estamos sozinhos, mesmo tendo alguém ao nosso lado:
Passar tempo com a pessoa errada pode ser uma experiência negativa que abrirá graves feridas emocionais. Nestes casos, podem aparecer uma profunda sensação de culpa, seguida de um enorme vazio. De fato, o problema é que essa sensação é experimentada como uma forte rejeição. Assim, pouco a pouco, esta pessoa se sentirá cada vez mais inadequada e indigna de afeto, e sua autoestima irá encolher. Se esta situação não for resolvida a tempo, a pessoa irá sumir num estado de apatia que logo gera uma depressão enraizada.
Há casos em que a pessoa que sente sozinha irá fazer todo o possível para se conectar emocionalmente ao outro. Porém, ao não encontrar a resposta adequada, essa busca por conexão pode se transformar numa busca por aprovação. Que terminará gerando uma dependência emocional. Neste ponto, a autoestima e o ânimo da pessoa dependerá dos elogios do outro, fazendo com que ela suba numa montanha russa emocional controlada pelas satisfações e insatisfações de uma companhia.
Tomar a decisão de acabar com uma relação que na verdade faz a gente se sentir sozinho pode ser muito complicado, por vários fatores.
Abandonar uma relação que nos faz mal, uma relação que ao invés de satisfação gera problemas e carências, é um ato de amor próprio e, muitas vezes, acompanhado de sobrevivência. Apostar em seu equilíbrio psicológico e se dar outra oportunidade é o melhor presente que você pode buscar.
Não se trata de buscar outra pessoa para preencher nossos vazios, mas de estar bem consigo mesmo. Desfrutar de nossa companhia e fazer as coisas que nos agradam, faz a gente se sentir vivo. Trata-se de assumir essa etapa como uma fase de crescimento e descobrimento, para conseguirmos superar e sarar as feridas deixadas por essa relação.
Como disse o poeta Pablo Neruda:
Se sou amado,
quanto mais amado
mais correspondo ao amor.
Se sou esquecido,
devo esquecer também,
Pois amor é feito espelho:
-tem que ter reflexo.
Este texto é uma tradução adaptada de Rincon Psicologia.
Imagem de capa: Shutterstock/Maksym Veber
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