Chega uma hora que só querer não adianta. É preciso mais, muito mais. Se não está bom para você, o melhor a ser feito é deixar pra lá.
Não tem essa de ficar investindo numa pessoa como se não houvesse amanhã. Não faz sentido entregar tudo de você para alguém que não te reconhece. Vai ver a pessoa não está na mesma sintonia, acontece. Deixar ir não é desistir. Deixar ir é saber o valor que você tem.
Devemos respeitar os nossos limites. Ainda que não seja tarefa fácil, é importante sabermos valorizar a nossa jornada. As saudades que já sentimos, os amores que já vivemos, as despedidas que já atravessamos. Todas essas experiências nos trouxeram aprendizados. Não podemos ignorá-los por alguém que está conosco com meios sentimentos. Quantas vezes não achamos que valia a pena entrar de cabeça em uma relação para depois nos darmos conta de que um lado era mais intenso do que o outro? Você pode chamar isso de criar expectativas, e talvez seja. Mas também pode se tratar de alguém que entende do próprio interior. Um alguém que não faz chantagens, que não esconde emoções e que não desperta inteiros somente para depois cortá-los pela metade.
Não custa nada entendermos um pouco mais sobre nós antes de acenarmos afetos para outra pessoa. Responsabilidade emocional não é brincadeira. Ninguém está com tanto tempo assim para perder e, muito menos, com tanto amor sobrando. Porque todos temos uma cota de paciência e, às vezes, o amor também entra nessa balança do até onde vai.
É importante agirmos com sinceridade. Ninguém é obrigado a retribuir o amor de alguém. Não pode ser um fardo amar alguém. Se for assim, pare. É melhor ficar sozinha do que investir em alguém que não te reconhece. Pode doer no começo, mas passa. Ah, passa.
Imagem de capa: Maladie d’amour (1987) – Dir. Jacques Deray
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