Larissa Dias

É nos momentos difíceis que a gente percebe o quão fortes podemos ser

Término de relacionamento. Que atire a primeira pedra quem nunca passou por essa experiência tão dolorosa. A gente tenta fugir da dor, mas não consegue. Onde a gente vai, a dor vai atrás. Talvez o segredo não esteja em “tentar” fugir da dor, e sim, em como encará-la de frente.

Há três semanas terminei meu relacionamento. Confesso a vocês que foi uma decisão difícil, porém necessária. Nosso relacionamento não estava mais funcionado, então terminar foi a melhor saída.

Nos primeiros dias, foi difícil digerir que aquilo estava acontecendo comigo. Sei que escolhi passar por isso, mas aceitar a situação requer tempo e paciência. Me questionei sobre várias coisas, desabafei com pessoas de confiança, tentei encontrar culpado e inocente, lembrei de momentos vividos ao lado da pessoa, chorei, chorei e chorei, até que finalmente, a deixei partir. Do choro ao adeus, me permiti passar por todas as fases que um rompimento nos exige passar.

O segredo não está em colocar a dor em baixo do tapete. O segredo está em se permitir viver o luto. Sim. A gente tem que se permitir sofrer. Usei minha experiência, mas pode ser em qualquer situação. A gente não poder ter medo da dor. É nos momentos difíceis que a gente percebe o quão fortes podemos ser.

Quantas pessoas ficam presas em determinadas situações porque tem medo de “bater de frente” com a dor. Tenho uma amiga que está namorando um rapaz há mais de dois anos, e o relacionamento está de mal a pior. Ambos estão empurrando com a barriga porque não conseguem encerrar o ciclo. Para eles, é mais fácil viver um relacionamento fracassado, do que aceitar que isso já não está mais funcionando.

Gostar é uma motivação para fazer um relacionamento funcionar, no entanto, existem outros pontos fundamentais para que haja um relacionamento feliz e saudável. No caso dessa minha amiga, os projetos a dois não estão batendo. Ela quer uma coisa e ele quer outra. Pra que continuar? Foi essa pergunta que fiz a ela. Nem ela soube me responder.

Meu rompimento com meu ex e a situação da minha amiga nos ensina que devemos aprender a encerrar ciclos. Não adianta tentar dar continuidade em algo que já acabou.

Se permitir sofrer é uma das atitudes mais maduras que alguém pode ter. Não é fraqueza olhar para o espelho e assumir que não está bem. Chore, desabafe com alguém, ore, leia, se recolha. Mas não fuja das dores. Se desprenda daquilo que não faz bem para que novas coisas cheguem.

***
Imagem de capa meramente ilustrativa: cena do filme “Gente Como a Gente” (1980), Título Original: Ordinary People, Diretor(a): Robert Redford

Larissa Dias

Estudante de jornalismo, radialista por amor, escritora nas horas vagas. Adora dar boas risadas, costuma passar os domingos de pijama assistindo filmes e séries. Apesar de não curtir baladas, é incapaz de recusar uma rodinha de violão, e para pra cantar junto. Mesmo desafinada, garante que é simplicidade em pessoa.

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