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É preciso saber a diferença entre esperar e perder tempo

Sim, temos que nutrir esperanças de que as coisas vão melhorar, de que tudo há de arrumar um jeito de chegar até nós, porém, sem que fiquemos passivamente à mercê do sabor dos ventos, achando que presentes cairão do céu diretamente em nosso colo. A regra básica é clara: o mais sábio é esperarmos de nós mesmos o que queremos, na certeza de que aquilo que fizermos por merecer estará ao nosso alcance.

Espere o retorno de tudo aquilo por que você lutou, pelo que perdeu horas de sono e de diversão, dedicando-se com força de vontade e dedicação extrema. Colhemos os louros das conquistas nas quais investimos precioso tempo de nossas vidas, porque colocamos verdade nessa busca. Porém, não perca tempo aguardando que as chances de sua vida tocarão a campainha de sua porta, enquanto você fica sentado no sofá.

Espere o momento certo de falar com as pessoas por quem você tem consideração, por quem nutre afeto sincero e recíproco. Temos que alertar quem amamos das atitudes destrutivas que possam estar tomando, repreender seus comportamentos inadequados, aconselhando com carinho. Entretanto, não perca tempo tentando conversar com quem não consegue ouvir ninguém além de si próprio, ou colherá apenas ingratidão.

Espere ser entendido e acolhido pelas pessoas que caminham ao seu lado com entrega e verdade, pois aceitarão as suas escolhas de vida e as apoiarão, interessando-se por nada mais do que sua felicidade, do seu jeito, que eles tanto prezam. No entanto, não perca tempo tentando se explicar para quem não se importa com o seu bem estar, para aquelas pessoas que se prendem a preconceitos diminutos e insustentáveis, incapazes que são de olharem para si mesmas.

Espere gratidão e reconhecimento das pessoas que não pedem, mas se encontram abertas ao que o outro possui, pois têm consciência de que necessitarão do outro, uma ou outra hora. Mas não perca tempo esperando retorno de quem sempre pede mais do que você pode ofertar, de quem suga suas forças, exigindo sua atenção integral, como se ele fosse o centro do mundo, do universo. Esses não enxergam nada além do próprio umbigo e jamais serão capazes de olhar além dos limites do próprio egoísmo.

Sem que reservemos um bocado de nossas vidas a esperanças e sonhos, tudo se tornará meramente mecânico, isentando-se do prazer mágico das agradáveis surpresas que enriquecem o nosso caminhar. Porém, tão somente nos enchermos de esperanças em relação a coisas pelas quais não lutamos e a pessoas vazias de retorno afetivo nos impedirá o fortalecimento de nosso amanhecer renovado na fé e no amor que nos alimentarão o seguir adiante, sempre e incansavelmente.

Marcel Camargo

"Escrever é como compartilhar olhares, tão vital quanto respirar". É colunista da CONTI outra desde outubro de 2015.

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