Imagem de capa: Vitalii Vitleo, Shutterstock
Muitas vezes, queremos guardar os nossos melhores sentimentos para apenas demonstrá-lo em um momento certo. Muitas vezes, medimos a nós mesmos e ao outro para saber o que podemos ou não dizer. Muitas vezes, procuramos apenas trocar, no sentido de que só damos ao outro o que também recebemos dele.
O relacionamento, nessa perspectiva, é como um rio no qual eu não sei se vou ou não pular.
Estamos isolados no alto de uma rocha, vendo tudo do alto e com vontade de apreciar aquele prazer que só um rio pode nos dar. Aquela refrescância da água gelada em todo o corpo; aquele sentimento de estar boiando deixando tudo nos levar; aquele sentimento de nadar e fazer cambalhotas só porque podemos; aquele momento em que muitas coisas fazem sentido ao lado do rio e começamos a ver por outras perspectivas; aquele momento em que não nos preocupamos muito com o que está acontecendo fora dali (nossos problemas não importam, as notícias do jornal não importam, os likes que possamos ter não importam). Um momento único em que você se sente sendo levado.
Então, estamos nós planejando, calculando, raciocinando, problematizando, dificultando e comparando a respeito de pular no rio. Queremos saber a melhor hora, a temperatura perfeita da água para entrarmos, o vento mais favorável, o local mais seguro e a parte mais visível e transparente da água. Imaginamos as probabilidades de o pulo sair errado e de algo de ruim acontecer conosco. Comparamos com os rios que já mergulhamos e com os de que já ouvimos falar, desde conselhos antigos e histórias mal contadas de amigos. A cada momento, problematizamos e descobrimos um novo motivo para não pularmos.
Pensamos tanto, que ficamos ali parados, feito estátuas, endurecidos, como se estivéssemos à espera de um sinal - esperamos por um milagre. Podemos ficar nessa posição por muito tempo. A outra pessoa pode ter pulado e podemos estar ali só disfarçando que vamos também, dando um desculpa boba de que estamos esperando as melhores condições, a temperatura melhorar.
Há um instinto de autoproteção nessa atitude, ao não pular e algo de imprevisível acontecer no rio. Podemos dizer para nós mesmos: “ainda bem que não pulei, ainda bem que não fiz essa besteira, ainda bem que não perdi o meu tempo ali”. Ao fazer isso, nós nos passamos por ganhadores, corajosos e inteligentes.
Mas será que é isso mesmo?
Ao ficarmos à margem, perdemos todo o prazer de sentir como é entrar naquele rio. Vamos voltar para casa com um certo arrependimento de não termos pulado e postergar mais uma vez a dádiva de viver o nosso momento e de ser feliz.
Perceba que não existe um mapa ou um planejamento detalhado sobre como pular no rio. Tome as medidas básicas de proteção (amor próprio) e vá sentir como aquele rio é.
Não estou dizendo que é para entrar em qualquer relacionamento que apareça, isso seria uma grande falta de bom senso. Aqui, o importante é se conhecer e saber se esse relacionamento faz bem - não ferindo e nem diminuindo. Querer algo perfeito é esperar por algo que nunca vai chegar.
O perfeito só existe na sua cabeça. Aceite o que aparece à sua frente e pule nele. Ao pular, você vai poder transformar o seu relacionamento no que quiser.
Saiba que não há nada melhor do que demostrar os seus sentimentos e que isso é ter coragem. Isso é pular no rio. O medo pode estar presente, mas ele não vai lhe impedir de agir.
Demostrar seus sentimentos é ser quem você é - a sua essência. É ser livre de dogmas, culturas, preconceitos e culpas. É saber que: sempre quem dá tudo que tem é quem ganha tudo. Não guarde sentimentos, entregue-os com muito amor. Não faça trocas e nem cobre os sentimentos dos outros, deixe tudo livre e faça tudo por você. A grande diferença é que você mostra quem é por você , não pelo outro. Você é fiel a si mesmo e não está disposto a se podar para se encaixar em padrões sociais.
“Nós nos complementamos, mas não completamos. Você vê? Seu relacionamento de amor complementa. Não preenche, não é para isso que estamos aqui. Podes pensar assim, e podes viver toda tua vida nisso. Mas, assim que descobres a verdade, então sinto que podes ser um parceiro muito bom. Porque sua parceira será tua guru, e tu serás o guru dela. Porque estão os dois focados dentro, no mesmo, no amor pela verdade. Não afastados. De outra forma, parece que muitos relacionamentos são um obstáculo, por estarem tão enredados em realidade. A maioria dos relacionamentos promovem a dualidade. Poucos intensificam a procura pela verdade, de alguma forma. Pode ser um amigo, um relacionamento, sua conexão, sua relação como amigo, como parceiro, potencializa sua busca pela verdade. Embeleza-a! Mas não é muito comum. Mas, ao mesmo tempo, todos os relacionamentos podem fazer uso disso para encontrar a verdade também. Porque um relacionamento romântico é aquele que pode te levar à situações que outro tipo de relacionamento não consegue. Compreendes? Coloca-te em situações que nenhum outro relacionamento consegue. E te permite dizer: ‘a-ha! Até aqui consigo ver’. (…) Portanto, todos os relacionamentos podem ser úteis. Tudo pode ser útil. Na verdade, à medida que vais mais à fundo na verdade, verás que tudo te reflete.” — Mooji, em “The Need For A Partner” (2013)
Ame sempre e seja fiel a quem você realmente é.
Se você está à procura de um filmaço que mistura romance, humor e uma pitada…
Se você estava procurando um bom motivo para não sair de casa hoje, saiba que…
O estudante é fruto de um arranjo familiar em que a mãe biológica é irmã…
Se você é fã de comédias românticas, provavelmente já ouviu falar de "Como Perder um…
É impossível resistir aos seis deliciosos episódios desta série que está disponível na Netflix.
Poucas pessoas conseguem passar pelos 14 minutos arrebatadores deste filme sem derramar uma única lágrima.