Imagem: GaudiLab/shutterstock
Era tão fofo aquele cuidadinho inesperado, um bilhetinho no meio dos papéis, o chocolate preferido, a mensagem displicente durante o dia…
Até que começaram as questões. Por que não há reciprocidade? Será que não é suficiente?
Então a dedicação avança mais um passo e passa a tentar controlar horários, porções, conversas, intenções. Quer adivinhar, se antecipar, surpreender, invadir, se apoderar.
Essa é a dedicação que saiu do compasso, perdeu o encanto, virou escrava. Tanto se deu que já nem sabe porque tanto faz. E sufoca, incomoda, constrange.
Dedicação que evolui para sufocamento é resfriadinho que vira pneumonia. O tratamento é longo, agressivo e pode deixar sequelas.
Cuidar do outro é gostoso. Se deixar cuidar é melhor ainda. Mas, se não há medidas, a coisa sai do controle. Sempre haverá um controlador e um mimadinho, um tirano dedicado e um folgado escorregadio. Sem equilíbrio, a dedicação vira obrigação. Ou, sufocamento.
Tem gente que não gosta de mimos. Talvez porque não goste de os oferecer. Tem gente que gosta surpreender o tempo todo. Mas aguarda também a sua vez.
Importante é entender que tipo de relação se tem. E que dose de dedicação soma forças. Muitas vezes, deixar livre é mais saudável do que fazer várias interferências diárias, marcar território, se fazer lembrar.
É importante ser esquecido um pouco. É saudável não estar o tempo todo transitando nos pensamentos alheios. Senão a saudade não vem, o falta que não faz falta.
Todo mundo gosta de marcar seu território, deixar um pedacinho seu, uma assinatura. Porém, isso só funciona se a dose for muito bem calculada e espaçada. Caso contrário, a dedicação perde a paciência e parte para o sufocamento. E essa é uma das mortes mais dolorosas de uma relação.
Uma história impactante e profundamente emocionante que tem feito muitas pessoas reavaliarem os prórios conceitos.
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