O youtuber que tinha depoimento marcado para esta quinta-feira (18) não precisará mais comparecer. Uma liminar na Justiça do Rio suspendeu a investigação da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática contra Felipe Neto.
O motivo da abertura da investigação foi a utilização da palavra “genocida” por parte de Neto, ao se referir ao presidente Bolsonaro. Após a suspensão de seu depoimento, o youtuber comentou a decisão:
“Eu sempre confiei nas instituições e essa decisão só confirma que ainda vivemos em uma democracia, em que um governante não pode, de forma totalmente ilegal, usar a polícia para coagir quem o crítica”, afirmou Felipe Neto.
A Polícia Civil afirmou em nota que não foi intimada, mas irá respeitar a decisão, e ressaltou que o trabalho da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática é ‘técnico, baseado nas leis e sem perfil ideológico.’
“Qualquer cidadão que compareça à delegacia para fazer uma notícia crime, levando elementos consistentes e uma denúncia fundamentada, tem o direito de fazer o registro de ocorrência. A maior prova de que o trabalho realizado pela delegacia é totalmente técnico é que existem 33 investigações em andamento de pessoas ligadas à política que procuraram a especializada e foram prontamente atendidas, sendo 15 de deputados filiados a partidos de esquerda, 8 de deputados filiados a partidos de direita, e 10 a partidos de Centro”, diz a nota.
Em sua decisão, a a juíza Gisele Guida de Faria, destaca que a competência do caso não é da Polícia Civil, mas sim da Polícia Federal e também classifica a investigação como “flagrante ilegalidade”.
“Tais elementos, afiguram-se suficientes, no meu entender, para demonstrar, prima facie, a existência de flagrante ilegalidade praticada pela autoridade coatora, que não detém a necessária atribuição para investigar os fatos noticiados, cuja apuração sequer poderia ter sido iniciada, por ausência de condição de procedibilidade”, disse a juíza.
‘A perseguição é constante’, diz Felipe Neto após intimação por denúncia de Carlos Bolsonaro
Com informações de G1