Falem o que quiserem, apresentem os argumentos mais bonitos, poetizem o destino. Mas, a verdade é que não somos frutos de acaso algum. Tudo o que acontece em nossas vidas tem um motivo, um tempo e uma aprendizagem.
É humano procurar explicações para tudo. Queremos entender o fim do relacionamento, a traição do amigo, a morte de alguém querido. Normal! Mas a verdade é que nem tudo tem explicação e que os motivos pelos quais as coisas acontecem, nem sempre nos são revelados.
A vida gosta de mistérios. Na música “Variações sobre um mesmo tema” do grupo Engenheiros do Hawaí, Humberto Gessinger fala, exatamente, disso: “(…) nem tudo tem explicação, há mistério em quase tudo, nem todo veludo é azul, o coração sempre arrasa a razão, o que é preciso, ninguém precisa explicar.”
Embora queiramos ter o controle de tudo, precisamos entender que há coisas que fogem dele e, geralmente, são as coisas mais importantes. A vida não é um carro que entramos e escolhemos o caminho percorrido. Na verdade (e mesmo que isso possa soar agressivo), ela não nos deve explicações de absolutamente nada. A vida segue seus próprios percursos, suas próprias regras e suas próprias razões. Cabe a nós a sabedoria da aceitação e da apreciação da viagem.
Precisamos deixar a teimosia de lado e entender que somos incapazes de realizar tudo a todo o tempo e aceitar que somos humanos e que a vida não precisa seguir o nosso roteiro pré-determinado de expectativas.
Em o “Trem Noturno para Lisboa”, de Pascal Mercier, o acaso é tratado em forma de romance. Com quase 500 páginas, o livro conta a história de Raimund Gregorius, um reconhecido professor suíço de línguas clássicas, que, acostumado com sua rotina monótona se depara com uma portuguesa misteriosa que tirou sua vida dos trilhos.
Entre temas e subtemas a obra ficou famosa por levar o leitor a refletir sobre a própria existência: “a vida que temos é a que gostaríamos de ter?”, “até que ponto somos responsáveis pelo próprio destino?”, “o que faz uma pessoa largar tudo e partir para outro lugar, aprender outra língua, apenas para conhecer a vida de um desconhecido?”
Reflexões a parte e sugestão de leitura explícita, voltemos ao tema do nosso texto. É preciso muita sabedoria para entender que o sofrimento vivido não foi em vão. O nascimento do filho não foi na hora errada e que o amor não chegou tarde demais. As coisas acontecem como devem acontecer e na hora que estão marcadas para isso (mas, por favor, excluam dessa lista os acontecimentos opcionais como traições, mentiras e jogos de poder. Essas atitudes configuram desvio de caráter e não tragédias do destino).
Aprenda com as situações, faça a sua parte e deixe o destino fazer o seu papel. Há caminhos que a vida só nos levará para conhecer, se formos capazes de sentarmos no banco do passageiro.
Imagem de capa: Fulltimegipsy/shutterstock
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