Como assim, pensa você ao ler o título desse artigo? Então devo me entregar ao medo e à tristeza? Chafurdar no ressentimento e na vergonha? Se, a cada vez que experimento raiva ou inveja, sinto-me pior, por que alimentar o mal-estar? Não é melhor sufocar tanta coisa ruim e seguir em frente, afinal, tudo passa, não é mesmo? Lamento decepcioná-lo, mas a resposta a todas as perguntas é não. A solução não está nem em se deixar levar pelas emoções nem em ignorá-las. A forma de lidar com elas é exatamente reconhecê-las, encará-las e, se preciso for, lutar contra elas com a melhor arma que se tem: a vontade de se tornar uma pessoa mais consciente de si mesma, de adquirir domínio sobre sua vida e desenvolver todo potencial que se tem para ser plena e feliz. Mas por que tanto esforço?, insiste o leitor.
A resposta para essa última pergunta é simples: quanto maior o grau de (auto)conhecimento, menos complicado se torna lidar com as questões que se apresentam sem ser convidadas, ou seja, você pode fugir de algo hoje, mas vai reencontrá-lo em alguma outra esquina ou desvio do caminho. É inevitável: fingir que não sente ou que esqueceu uma emoção ou acontecimento não termina com um ou outro. E quanto mais cedo admitir que precisa resolver algo que o incomoda, você impede que o mesmo continue crescendo e tomando conta de sua mente e coração, além de adquirir experiência para reconhecer o que o perturba sem ser surpreendido. Porque o que se desconhece ganha força e controle, mudando as regras do jogo, fazendo com que aquele que deve ditá-las seja submetido passivamente a elas.
Admitir o ciúme é o primeiro passo para superar as inseguranças sobre o amor do outro. Encarar a vergonha (significando esta o gatilho para sentir-se incapaz e inferior) é o início do processo de compreensão de que erros e fraquezas não definem quem se é, e podem ser corrigidos e modificados. Vivenciar a tristeza por uma perda ou decepção representa o período de luto necessário para se recuperar emocionalmente. Permitir-se sentir raiva liberta do acontecimento e propicia a possibilidade de seguir adiante. Reconhecer o medo, não aquele adaptativo, essencial para a autopreservação, mas o irracional que cria fantasmas e perigos onde nada disso existe, serve para sair da paralisia que engessa a existência. Identificar a inveja, decorrente da frustração ou da necessidade de reconhecimento, é o começo do entendimento sobre o por quê cobiçar o que está fora, esquecendo das próprias qualidades e realizações.
Aceitar a si mesmo, no sentido de transformar o que não traz benefícios nem prazer, aumenta muito a possibilidade de ser feliz e viver uma vida mais satisfatória. Outra vantagem de compreender as próprias emoções é o desenvolvimento da empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro e se relacionar de forma mais saudável. Reconhecer as emoções nos outros indivíduos, e desvendar seus pensamentos e comportamentos, auxilia na aproximação e no estabelecimento de relacionamentos que promovem o crescimento de todos os envolvidos. Ou, dependendo do caso, serve como aviso de problemas futuros, quando o outro se mostra pouco confiável ou incapaz de se relacionar de forma saudável e igualitária, por estar mergulhado nas próprias emoções negativas.
O autoconhecimento é uma valiosa ferramenta, portanto, aprenda a usá-la.
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