Não adianta fazer promessas, estipular provas e esperar que o amor se encaixe nas suas expectativas. O amor é livre e tem o seu próprio ritmo. Quando entrar em um relacionamento, entenda que o amor pode chegar e também partir.
Após muitos desencontros, você percebe ter amado errado. Sim, existe amar errado. É quando você assume o amor como sendo seu. Mas não é assim. Amor não é posse, no qual você o conquista e ganha o direito de tê-lo só para si. Dizer que ama, que sente aquele amor todo é, acima de tudo, respeitá-lo. É saber que ele pode ir e vir por mais que você o queira para sempre. Aliás, não existe isso de “para sempre”. Damos um tiro no pé cada vez que tomamos o amor como uma linha perpétua e sem desvios.
Em vez de querer controlar o amor, por que não apenas sê-lo? Por que não permiti-lo na sua leveza e autenticidade? Todos os amores são diferentes. Comum é como os vivemos. Utilizamos de máscaras e falsos pretextos para viver ao lado de alguém. Confundimos uma boa companhia e boa conversa com um contrato emocional que nunca pode ser quebrado. Se simplesmente aproveitássemos os instantes cedidos, talvez o amar não doesse tanto. Pois o amor, na sua plenitude, é nada mais do que viver o agora.
A verdade é que estamos ainda mais distantes daqueles relacionamentos duradouros e cobertos de sintonias. Não por falta de intensidade e entrega, mas por escolha. Estamos manipulando o amor. E o amor não combina, independente da sua vontade, com obrigações. Ele precisa ser espontâneo, cúmplice e atencioso.
Nada de loucuras. Que o amor venha tranquilo, paciente e consciente dos seus abraços. O amor requer doses de autoconhecimento para prevalecer.
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