Terráquea, introspectiva e sonhadora.
Assim se define a fotógrafa Celia Anahin, que, com sua ampla visão da realidade, não consegue entender como as pessoas podem ser classificadas de uma maneira que as separe como humanidade.
“Sempre gostei de olhar para o mundo através de lentes, e as minhas primeiras lentes foram as bolinhas de gude, depois o microscópio, e finalmente uma câmera fotográfica.”
Após 12 anos de profissão, mudou-se para o nordeste do Brasil e, deixou seu equipamento fotográfico guardado dentro de um armário de aço durante dezoito anos.
À vezes, confessa que abria o armário e tinha vontade de voltar no tempo, acordar de manhã e ter que cumprir três pautas por dia, vagando no trânsito caótico de São Paulo e ouvindo a rádio Eldorado. Entretanto, seguiu fazendo outras coisas, dentre essas abraçou novas artes como a culinária.
“E só me dei conta que eu precisava voltar a fotografar depois de fazer um curso de gastronomia. Pode parecer estranho, mas os caminhos que nos levam a alguns lugares podem nos surpreender.”
“Um dia eu acordei e senti que eu tive uma boa noite de sono… Muito boa, como se um raio imaginário a coisa com tudo o que eu tinha aprendido… tivesse simplesmente colocado o meu cérebro no lugar. Tomei algumas decisões práticas e decidi que eu queria voltar a olhar o mundo através de lentes, pois a minha vida estava muito chata.”
“Eu voltei a olhar através das lentes há um ano. Eu não faço fotografia “clássica”. Eu até faço registros, mas sempre vislumbrando como eu vou transformar aquela realidade.”
“Às vezes eu não mudo nada na fotografia, mas isso só acontece quando eu acho que realmente não há nada para ser mudado, pois a imagem me agradou e me fez sonhar.”
Entre um trabalho e outro, Celia é acompanhada e direciona seu foco para uma de suas paixões: os gatos:
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