Espelho meu, você só me mostra o que quero ver. Você não mente, é crítico, implacável, criterioso, mas só retrata o que posso ver e, com sorte mudar, com outra roupa, outro jeito de o usar o cabelo.
Quem me mostra o que sou além do que é possível ver no espelho, é o outro. E, por generosidade, indiferença ou mesmo omissão, geralmente não deixa transparecer meu reflexo tão claramente, pois decerto eu me assustaria.
A gente se conhece tão profundamente quanto conhece um motor de propulsão de um foguete. Desejar se conhecer é uma coisa. A gente estuda, se aprofunda, usa as ferramentas, mas a parcela de conhecimento é ínfima.
Analisamos as descobertas como juiz e parte. Ou nos exaltamos, ou culpamos.
Se a auto estima estiver boa, a gente se admira, se baixa, se despreza, se abandona.
Se reconhecer é um divisor de águas. O espelho se torna acessório inútil, como um óculos sem as lentes.
Se reconhecer é se conhecer por detrás das palavras, do verniz social, do comportamento coletivo. É captar as sensações instantâneas que cada impulso provoca. É ser causa e consequência das mais encantadoras virtudes e mais desprezíveis defeitos.
Se reconhecer é conhecer de forma lúcida o que se é, ainda que lutando para ser de outro jeito.
É possível conhecer minimamente o outro, tamanha a exposição, e de tanta observação, mas a si mesmo, aí já é outra questão.
Só mesmo esse outro, que achamos conhecer bem, para nos mostrar, ainda que através de códigos e sinais, como nos contemplar no espelho que vai além de qualquer aparência.
Um filme intensamente sedutor para assistir no conforto da sua privacidade depois de colocar as…
Esta série não sai do TOP 10 da Netflix desde a sua estreia; saiba os…
Se você já presenciou um casal adulto conversando em tons infantis, com vozes suaves e…
Você não vai querer sair da frente da TV após dar o play nesta nova…
Será que você consegue identificar o número 257 em uma sequência aparentemente interminável de dígitos…
Se você é fã de comédias românticas que fogem do óbvio, “O Casamento do Meu…