A Netflix tem se destacado na produção e distribuição de thrillers envolventes, e “Safe”, lançada em 2018, é um desses exemplos que cativa desde o primeiro episódio. Criada pelo aclamado escritor Harlan Coben, a minissérie britânica mistura suspense, segredos de uma comunidade aparentemente tranquila e reviravoltas surpreendentes.
A trama segue Tom Delaney (Michael C. Hall), um cirurgião viúvo que vive em um bairro de classe média alta, tentando se reaproximar de suas filhas após a morte da esposa. Quando sua filha mais velha, Jenny, desaparece misteriosamente, Tom se vê mergulhado em uma teia de mentiras, segredos obscuros e conexões inesperadas entre os moradores da região. Quanto mais ele investiga, mais descobre que nada é o que parece.
Michael C. Hall, famoso por seu papel icônico em Dexter, entrega uma atuação convincente, embora seu sotaque britânico possa soar estranho em alguns momentos. O elenco secundário também brilha, com destaque para Amanda Abbington, que interpreta a detetive Sophie Mason, e Marc Warren, no papel do misterioso Neil.
Com apenas oito episódios, Safe mantém um ritmo ágil e envolvente, apostando em cliffhangers eficientes e revelações bem dosadas ao longo da narrativa. A direção de Daniel Nettheim e Julia Ford contribui para a atmosfera tensa e claustrofóbica da trama, reforçada pela cinematografia sombria e uma trilha sonora instigante.
Embora a série consiga prender a atenção do público, alguns clichês do gênero policial e certas coincidências forçadas podem incomodar espectadores mais exigentes. No entanto, o roteiro bem amarrado e o carisma do elenco compensam esses pequenos deslizes, garantindo uma experiência satisfatória para os fãs de mistérios e dramas familiares.
No fim das contas, Safe é um thriller eficaz que oferece doses equilibradas de suspense e emoção. Para quem gosta de histórias cheias de segredos e reviravoltas, a minissérie é uma excelente pedida e prova mais uma vez o talento de Harlan Coben em criar narrativas intrigantes.