Todo o estado de São Paulo adotará “medidas restritivas específicas” contra o coronavírus entre os dias 25 a 27 de dezembro e 1° a 3 de janeiro, como anunciou o Governo do estado. A “fase vermelha” permitirá o funcionamento apenas de comércios essenciais, como farmácias, padarias e mercados. Bares e restaurantes não terão autorização para funcionamento nestas datas.
A nova medida sinaliza preocupação da Secretaria de Saúde com o avanço da pandemia. O governo do estado, que havia aumentado as restrições entre março e junho, havia iniciado a flexibilização em agosto. No dia 21 daquele mês, o governo anunciou que nenhuma região paulista estava no vermelho.
Em setembro, no entanto, os sinais de que a pandemia não estava controlada fizeram o Centro de Contingência defender mais rigor nas restrições, o que foi combatido nos bastidores pela ala política do governo.
Para João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência da covid-19 em São Paulo, a medida pode ser vista como um “sinal para a população” diante da gravidade do aumento do surto.
“É um sinal para a população de que nós estamos em uma fase bastante preocupante em relação ao número de casos e temos que mostrar para a população que a recomendação é ficar em casa. Se deslocar o mínimo possível para as atividades essenciais”, iniciou.
Gabbardo defende que manter alguns estabelecimentos funcionando transmitira a imagem de uma menor preocupação com a covid-19.
“Se nós mantermos o comércio funcionando normalmente, estaremos sinalizando para a população que estamos em situação em que podemos sair. Isso gera mobilização de funcionários, com eles precisando pegar transporte coletivo. Não dá para pensar somente naquelas pessoas que vão se dirigir a essas atividades.”
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Redação Conti Outra, com informações de Notícias UOL.
Crédito da foto: AMANDA PEROBELLI / REUTERS