Segundo um artigo publicado na edição de 4 de agosto da Revista Science, pessoas que já contraíram resfriados comuns decorrentes de algum tipo de coronavírus podem criar imunidade contra o SARS-CoV-2.
Quem liderou o estudo foi o colombiano José Mateus, que é pós-doutorado e integra o time de pesquisadores ao La Jolla Institute for Immunology, localizado na Califórnia, EUA.
O artigo defende que resfriados provocados por coronavírus dos tipos HCoV-OC43, HCoV-229E, HCoV-NL63 ou HCoV-HKU1 causam uma espécie de defesa chamada de Células T, que possuem imunidade contra o SARS-Cov-2. Essas células imunológicas reconhecem, inclusive, a proteína chamada “Spike”, responsável por invadir células humanas.
Ainda segundo o estudo, assim que alguém contrai algum desses tipos de resfriado, o corpo da pessoa desenvolve anticorpos para combatê-la, e elas permanecem no organismo até mesmo depois da cura. Se houver uma segunda contaminação, essa proteção pode ser ativada novamente.
Estados Unidos, Alemanha, Holanda, Cingapura e Reino Unido foram os países onde aconteceram os testes do estudo. Os resultados apontam que esses tipos de coronavírus, que circulam entre a maioria da população, são responsáveis por sintomas respiratórios leves.
Mesmo que os estudos tenham apenas caráter especulativo, isso poderia explicar o porquê de 20% a 50% da população que já contraiu algum tipo de coronavírus ter uma resposta imunológica melhor a Covid-19, mesmo sem ter contraído o vírus especificamente.
O estudo conclui, entretanto, que ainda existem muitas incertezas acerca da imunidade contra a Covid-19.
***
Redação CONTI outra. Com informações de Revista Seleções e Revista Science
Capa: Image created by Samuel Rodriguez. Submitted for United Nations Global Call Out To Creatives
