Marcel Camargo

Eu me casei com minha 1a. namorada e aproveitei a vida, sim!

Divertir-se pode muito bem significar ir a festas acompanhado, ir ao cinema apaixonado, passar uma noite de sábado namorando, assistindo a seriados junto a quem ama. Não há divertimento mais certo, aliás, do que sentir-se amado de verdade, do que amor correspondido, amor recíproco.

Inúmeras vezes, quando conto a alguém que sou casado com a minha primeira namorada, ouço que não devo ter aproveitado a vida. Ou seja, penso que um grande número de pessoas acha que, para que a juventude seja aproveitada, é preciso pular de uma boca a outra, de uma cama a outra, como se quantidade equivalesse a qualidade. E isso me entristece.

Ao mesmo tempo em que ouço ser a variedade de experiências um aspecto primordial da vida de qualquer um, há muitos reclamando da infidelidade que permeia os relacionamentos, do aspecto descartável conferido a sentimentos que deveriam, pelo contrário, ser duráveis. Afinal, o que se quer: variedade e quantidade ou fidelidade e exclusividade? Porque, como se vê, há muita contradição envolvendo essa questão.

Há muita romantização em torno do descompromisso, como que se pudéssemos preencher vazios afetivos de quaisquer ordem, quanto mais diversidade e variação de parceiros tivéssemos em menos tempo. Isso porque se costuma desatrelar a diversão de tudo o que requer comprometimento e responsabilidade, ou seja, o que provoca riso não pode ser tido como algo sério e responsável. Por essa razão é que tanta gente confunde bom humor com imaturidade ou irresponsabilidade.

Portanto, sendo possível agregar responsabilidade com diversão, torna-se possível, também, haver comprometimento afetivo e aproveitamento de vida. Divertir-se pode muito bem significar ir a festas acompanhado, ir ao cinema apaixonado, passar uma noite de sábado namorando, assistindo a seriados junto a quem ama. Não há divertimento mais certo, aliás, do que sentir-se amado de verdade, do que amor correspondido, amor recíproco.

Eu até posso ter perdido algumas festas e sei lá mais o quê, mas jamais me arrependerei de ter optado pela mulher com quem eu queria passar o resto da vida junto, de ter crescido e amadurecido ao lado de quem sempre torceu por mim, de ter batalhado a vida toda para que pudéssemos construir um lar onde nossa família repousaria a cada dia, sob calmarias e tempestades. Eu me casei com minha primeira namorada e aproveitei a vida, sim, porque desfrutamos das dores e dos prazeres de um relacionamento forte, de mãos dadas. Isso nos tornou cada vez mais próximos e unidos. Assim como deve ser.

Marcel Camargo

"Escrever é como compartilhar olhares, tão vital quanto respirar". É colunista da CONTI outra desde outubro de 2015.

Recent Posts

O filmaço romântico que está tocando o coração de milhões com sua trama apaixonante

Se você está à procura de um filmaço que mistura romance, humor e uma pitada…

18 horas ago

O filme intenso e saboroso da Netflix que vai te fazer ficar em casa esta noite

Se você estava procurando um bom motivo para não sair de casa hoje, saiba que…

24 horas ago

Professora causa confusão ao sugerir que estudante com dois pais é adotado

O estudante é fruto de um arranjo familiar em que a mãe biológica é irmã…

1 dia ago

Esta comédia romântica estrelada por Kate Hudson é uma das apostas certeiras na Netflix

Se você é fã de comédias românticas, provavelmente já ouviu falar de "Como Perder um…

2 dias ago

Série sedutora e envolvente da Netflix com apenas 6 episódios vai te fazer perder o ar

É impossível resistir aos seis deliciosos episódios desta série que está disponível na Netflix.

2 dias ago

Filme absurdamente lindo da Netflix tem só 14 minutos e faz as pessoas se desfazerem em lágrimas

Poucas pessoas conseguem passar pelos 14 minutos arrebatadores deste filme sem derramar uma única lágrima.

2 dias ago